O maior desafio do motorista no Distrito Federal é desviar de um buraco nas ruas. Mais do que isso é ter paciência ao ser obrigado a ouvir da Novacap, responsável pela manutenção das ruas, que o serviço de tapa-buracos é feito constantemente.
Desde o início de 2015 até o momento, já foram produzidos 15,3 milhões de toneladas de massa asfáltica, o que corresponde em média a 3,8 milhões por ano. Esse material é usado em operações tapa-buracos.
As cifras que o governo gasta para tapar buracos (ou tapear os motoristas) são bem altas. Anualmente, conforme dados da Novacap, são investidos cerca de R$ 125 milhões na contratação de empresas terceirizadas para realizar serviços contínuos de manutenção, recuperação e recomposição de ruas.
Por incrível que pareça, as regiões onde mais se ouve reclamações pela quantidade de buracos nas ruas, são as que mais recebem a “recuperação” da massa asfáltica. Para se ter idéia, de janeiro deste ano até agora, Taguatinga utilizou a maior quantidade de material: 873 toneladas.
A castigada região de Vicente Pires foi a segunda que mais recebeu, com 693 toneladas. Mas neste caso vale muito a pena lembrar do episódio em que uma caminhonete foi engolida por uma cratera na rua no dia 23 de outubro passado.
Ainda de acordo com informações da Novacap, Ceilândia recebeu 488 toneladas de massa asfáltica, seguida de Gama com 392 e Guará com 348 toneladas.
Para o DER foram repassadas 867 toneladas para a manutenção de vias de responsabilidade do órgão, por exemplo, a Estrada Parque Taguatinga (EPTG), os Eixos Rodoviários Sul e Norte e a L4 Sul.
No final das contas, o motorista brasiliense pagou, apenas no governo de Rodrigo Rollemberg, meio bilhão de reais e não viu nenhum resultado. Carros continuam quebrando nos buracos do DF. Como será que o novo governo vai tratar deste assunto?