A JBS, empresa dos irmãos Joesley e Wesley Batista, voltou a ser alvo de investigações, desta vez relacionadas a um esquema de corrupção envolvendo sentenças judiciais. A Polícia Federal apura pagamentos suspeitos que totalizam R$ 15 milhões feitos pela companhia a uma advogada ligada ao lobista Anderson de Oliveira Gonçalves, preso em 2024. O pagamento foi feito à esposa do lobista, Mirian Ribeiro Rodrigues, que advoga em processos no Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1).
Embora a JBS alegue que os valores se referem a honorários advocatícios legítimos, a investigação levanta questionamentos sobre a origem e a quantidade de dinheiro movimentado, bem como sobre a relação de Mirian com o escritório da esposa de um desembargador do TRF1. O relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) indica que os pagamentos feitos pela JBS são desproporcionais, superando o faturamento declarado da empresa.
A operação investiga a possível venda de decisões judiciais e vazamento de informações, com a participação do lobista que supostamente intermediava os pagamentos, incluindo ações no Superior Tribunal de Justiça (STJ). A JBS, por sua vez, reafirma que todos os serviços prestados foram devidamente comprovados nos processos legais.