O número de mulheres que venceram as disputas para prefeituras neste primeiro turno das eleições municipais 2020 supera o total de ocupações femininas para o cargo em 2016. No Brasil, 12,2% das lideranças dos municípios serão exercidas por mulheres. Para o segundo turno, cinco candidatas ainda se mantêm no páreo. Já nas eleições passadas, o percentual final ficou em 11,6%.
Comemoração
Quem comemorou esse crescimento foi a deputada federal Flávia Arruda (PL). Ela tem levantado a bandeira por mais representatividade de mulheres na política.
“Os números ainda são pequenos, mas comemoramos cada conquista! E seguiremos firmes por mais representatividade e uma real democracia”, disse a parlamentar em suas redes sociais.
Entorno
Pertinho do DF, se elegeram prefeitas Débora Domingues (PL), em São João D’aliança; Iolanda Holiceni (DEM), em Alvorada do Norte; Dona Dete (DEM), em Simolândia; e Angela (DEM), em Mimosa de Goiás.
O aumento, no entanto, ainda que pequeno diante da representação de homens na política, também é superior a 2012, quando o número de eleitas correspondeu a 11,8% do total, com 659 prefeitas. Um dos motivos para a garantia de mais espaços das mulheres nas prefeituras pode ser associado às cotas. Pela primeira vez, além de 30% das vagas para se candidatar serem reservadas para elas, 30% dos fundos eleitoral e partidário também ajudaram a fortalecer as campanhas das concorrentes.
O fim das coligações para os pleitos proporcionais também fez jus ao percentual, já que as cotas foram exigências aos partidos e não às coligações.
Mesmo assim, ainda é próximo da margem de cotas o número de mulheres que se candidataram à prefeita, vice-prefeita ou vereadora. De acordo com o TSE, em 2020, 33,15% dos candidaturas para esses cargos foram de mulheres. Apesar de representarem 52,5% do eleitorado brasileiro, as mulheres são 45,3% das filiações a partidos.