Essa semana, foi enviado à Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos (CEMDP) um manifesto que solicita a reabertura da investigação sobre a morte do ex-presidente Juscelino Kubitschek, ocorrida em 1976. A morte de JK sempre gerou controvérsias, com algumas teorias sugerindo que ele pode ter sido vítima de um atentado político durante o regime militar.
O manifesto foi elaborado por membros da extinta Comissão da Verdade de São Paulo e outras personalidades ligadas à defesa dos direitos humanos. Entre os signatários estão o ex-vereador Gilberto Natalini e o escritor Ivo Patarra, além de juristas, historiadores e familiares de vítimas da ditadura militar, como o escritor Marcelo Rubens Paiva.
Recentes perícias levantaram inconsistências na versão oficial, que atribui a morte a um acidente automobilístico. As novas investigações sugerem que o ex-presidente poderia ter sido alvo de sabotagem, o que inclui hipóteses de um atentado ou manipulação do carro em que JK viajava. A CEMDP já discutiu a possibilidade de revisitar o caso, mas aguardava ouvir a opinião dos familiares de JK e de seu motorista antes de tomar uma decisão.
O pedido de reabertura foi formalizado em 2024 e busca esclarecer as circunstâncias que envolvem a morte de JK, que, segundo diversas comissões da verdade, poderia ter sido resultado de um atentado político. O Ministério Público Federal também conduziu investigações entre 2013 e 2019, mas não conseguiu comprovar nem descartar a hipótese de atentado, devido à falta de evidências materiais conclusivas.