Lula decidiu responsabilizar a comunicação pela crise de imagem do seu governo e fez mudanças na Secretaria de Comunicação. Saiu Paulo Pimenta, seu antigo aliado, e entrou Sidônio Palmeira, com a missão de melhorar a percepção do presidente. No entanto, as coisas não saíram como o planejado, e a pesquisa Quaest de quarta-feira (2) revelou que a estratégia não deu certo.
Sidônio até fez Lula aparecer mais, mas ao invés de melhorar a imagem do presidente, o que aconteceu foi o oposto. A pesquisa mostrou que, para muitas pessoas, a percepção de Lula ficou ainda mais negativa. Ou seja, as ações do marqueteiro não tiveram o efeito esperado e, no fim das contas, acabaram “queimando” a imagem do governo. A situação está tão delicada que figuras do próprio PT, como Gleisi Hoffmann, já começaram a questionar se não seria melhor dar um “adeus” a Sidônio.
E o que é mais curioso é que, apesar da pressão para melhorar a comunicação, metade dos brasileiros (50%) acha que, ao invés de aparecer mais, Lula tem se mostrado menos. Mesmo com o apoio da mídia ao governo, a pesquisa revelou que quase metade da população (47%) continua achando que a mídia só fala mal do presidente. Ou seja, a mudança na comunicação não conseguiu reverter a percepção negativa.
A pesquisa Quaest também trouxe dados interessantes sobre como os brasileiros estão se informando. Embora a TV ainda seja a principal fonte de notícias para 44% das pessoas, as redes sociais estão ganhando cada vez mais espaço, com 34% da população preferindo se atualizar por ali. Isso reflete uma mudança nos hábitos de consumo de informação e pode estar influenciando a visão que as pessoas têm do governo. Parece que, apesar de todo o esforço, a comunicação ainda está longe de ser a solução para os problemas de imagem de Lula.