Lázaro Barbosa de Sousa, morto após cometer uma chacina no Incra 9 e conseguir fugir de mais de 270 policiais durante 20 dias entre Ceilândia-DF, Águas Lindas-GO e Cocalzinho-GO, não agiu sozinho. É nessa hipótese que a Polícia Civil de Goiás (PCGO) trabalha a cada dia que passa. E mais: o criminoso pode ter feito parte de uma quadrilha que reunia de fazendeiros a políticos.
É o que aponta a delegada Rafaela Azzi ao Fantástico (TV Globo). “Nessa organização criminosa, a gente já levantou que pessoas importantes participam dela. Nós temos empresários, fazendeiros, políticos…”, explica a agente.
Antes de matarem Lázaro, policiais prenderam um fazendeiro chamado Elmi Caetano Evangelista, 73 anos, dono de uma propriedade em Cocalzinho-GO. A polícia acredita que Elmi não só ajudou Lázaro a se esconder como também pode ter mandado ele cometer a chacina no Incra 9, que vitimou quatro pessoas da mesma família.
“Considerando que havia um laço anterior, que o Lázaro já era conhecido do proprietário e que na entrevista (interrogatório inicial) o proprietário fala que aquela família devia um dinheiro a ele, nós não descartamos a hipótese de que ele tenha realmente usado Lázaro para cobrar a dívida, e em não recebendo, matar aquelas pessoas”, explica a delegada.
A polícia encontrou uma mensagem de voz no celular de Elmi, que dizia: “Ele [Lázaro] está dormindo lá naquele barraco onde a mãe dele morava”.