A pedra no sapato de Ibaneis na CLDF

Ibaneis vai pessoalmente à CLDF (Thiago Senhor/CLDF)

A marca dos cem dias ficou longe de ser o que esperava o governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB). A situação financeira do governo é uma pedra no sapato, mas o que tem atormentado o time de articuladores do Buriti é a falta de uma base de apoio político definida.

Hoje, com muita boa vontade o governador conta com dez – onze, talvez – votos favoráveis em questões mais complexas. O número ainda é insuficiente para garantir aprovações por maioria simples, que necessitam de treze parlamentares quando os 24 estão em plenário. Mais distante ainda estão projetos que exigem maioria qualificada, onde são necessários 16 votos.

Na ainda frágil base de Ibaneis estão Cláudio Abrantes (líder de governo), Daniel Donizet, Martins Machado, Hermeto, Rodrigo Delmasso, José Gomes, Sardinha, Valdelino Barcelos, Jorge Vianna, Telma Rufino e Rafael Prudente (presidente). Há variações neste grupo e alguns se definem como independentes, mas estão nas contas de aprovação dos projetos.

A oposição conta com Fábio Felix, Chico Vigilante, Arlete Sampaio, Leandro Grass e Júlia Lucy. Ainda flertam com o grupo impondo posturas duras Reginaldo Veras e, mais recentemente, Robério Negreiros. Nesta situação também existem deputados que se dizem independentes, mas o posicionamento tende à oposição.

Há ainda os deputados que que são cortejados, – alguns deles indicaram aliados na composição do governo – mas que não são considerados votos fechados com o Buriti. Agaciel Maia, Eduardo Pedrosa, Iolando, Jaqueline Silva, João Cardoso e Roosevelt Vilela estão na chamada independência.

Roriz, Arruda e Agnelo tinham bases amplas e ainda assim chegavam a levar sustos no legislativo.

Rollemberg negou o jogo de distribuição de cargos no início de seu governo, mas depois cedeu. Ainda assim passou por apuros.

Ibaneis montou um secretariado com costuras envolvendo figuras da política nacional e partidos de todos os espectros. Hoje, com projetos importantes estacionados no legislativo e com restrições orçamentárias, o governador começa a sentir o peso da Câmara Legislativa. Muita articulação será necessária para que o Buriti coloque seu burrinho na sombra.

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