Quem não se lembra desta frase midiática que, cheia de efeitos visuais e musicais, remetia ao nome do candidato que ganhou as eleições para governador do Distrito Federal, no ano passado. Pois este “agora é”… de sonhos, se transforma a cada dia numa realidade de pesadelos. E não é má vontade deste jornalista. Mas é a pura e simples realidade, sintetizada pelo desprezo às propostas que o então candidato fez e que agora faz questão de esquecer.
O fato não é de se estranhar. Pois, nem mesmo o que ele pregava como parlamentar, o hoje governador consegue cumprir. Relembrando as propostas. O DF do bilhete único no transporte público, da Saúde funcionando, da Segurança plena, da Educação de qualidade, da eleição de administradores, dos totens em praças públicas com os pagamentos do governo, além da valorização dos servidores. Isso só para citar alguns.
Um governo tecnocrata, burocrata e incapaz de resolver as demandas do cidadão. E que vem se esvaziando dia após dia. Oito meses se passaram e até o processo eleitoral de 2018 faltam apenas dois anos e dez meses. Um desperdício de tempo, num governo que apesar do orçamento de 36 bilhões vive chorando a falta de dinheiro. E mais, quer tirar mais do pobre povo do DF aumentando impostos sem qualquer pudor. Não bastou acabou parcelando de salários dos servidores, um verdadeiro tiro no pé.
Eles gastam e a gente paga. Eles erram e a gente sofre. Pois, fora aumento de impostos e conflitos políticos, nada mais esta equipe de governo produziu. Daí tantas baixas no primeiro escalão, transformando-se num governo de adjuntos. Nem mesmo o bate-boca de antigos aliados serviu pra alguma coisa.
Afinal, Rollemberg criticando Agnelo e vice-versa é como o roto falando do esfarrapado. O rombo existiu sim, de fato existiu. O pior é que ninguém viu. Ministério Público, Tribunal de Contas do DF, Secretaria de Transparência, todos dormiam em berço esplêndido e ainda continuam dormindo.
Isto posto o povo é o único personagem que sofre. Pena que a desesperança vai tomando conta. As vaias do final de semana no maior São João do Cerrado, na Ceilândia, provam o descrédito. Afinal, o que parecia um novo começo, agora se transforma no “Agora é”… o começo do fim.
Por Odir Ribeiro
Fonte: Redação