Os feirantes e moradores da Estrutural são mais uma vítima da burocracia e letargia nas obras públicas. Há quase três anos, no centro da cidade, uma Feira Permanente está em construção. Sim, três anos.
Iniciada em janeiro de 2016, a obra tinha previsão de entrega em julho seguinte. Mas trinta meses depois, ela não foi inaugurada. Enquanto isso, os feirantes utilizam uma via pública na região central, apenas aos domingos, o que acaba gerando pouca renda para os trabalhadores.
Além do considerável atraso, a obra também consumiu mais recursos do que o previsto. Era para custar R$ 2,7 milhões. Mas até o momento a fatura liquidada chegou a R$ 3,3 milhões. São mais de meio milhão a mais. Entretanto, o valor pode ultrapassar os R$ 4 milhões, já que é esse o valor empenhado.
A Secretaria de Infraestrutura do Governo de Brasília, responsável pela obra, garante que ela será entregue até o fim deste ano. De acordo com a pasta, a morosidade para a entrega se deu porque “durante a construção foram identificadas necessidades além das previstas no projeto original”.
As tais necessidades “descobertas” só depois de iniciar a obra foram o “aterro para iniciar a obra, muro de arrimo em concreto armado para conter o aterro e brises nas fachadas para evitar entrada de água da chuva”.
No momento, a Administração da cidade afirma que está realizando o sorteio dos boxes para entregar aos feirantes. A dúvida agora é se o papai Noel entregará a feira antes do natal.
