Deputados distritais querem CPI na Saúde, DFtrans e Mané Garrincha

Informações Artur Paganini, Correio Braziliense 

Cresce a disposição de alguns deputados distritais em instalar uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) para apurar pagamentos e contratações da Secretaria da Saúde com fornecedores particulares. Esta é a segunda vez que os distritais falam em abrir uma CPI nesta legislatura. 

Também há o desejo de alguns em investigar o transporte público urbano e a licitação que renovou as concessões das empresas de ônibus. Ontem, após a exoneração do ex-subsecretário de Administração-Geral da Saúde, José Menezes Neto,o líder do PMDB na Câmara,Wellington Luiz, contabilizava oito assinaturas em apoio à iniciativa, número suficiente para abertura da CPI.
“Se houver indícios de irregularidades,e já temos notícias de que há investigações nesse sentido, nós iremos, sim, instalar uma CPI, mas é preciso aguardar mais detalhes. É bom que a sociedade saiba o que é feito com os recursos recolhidos com impostos,e a Câmara estaria cumprindo o seu papel se decidir aprofundar o assunto e esclarecer esses rumores de desvios”, diz. 
No bloco PMDB-PP- PTB, liderado por Luiz, há cinco deputados. Além deles, Renato Andrade (PR), Juarezão (PRTB), Rodrigo Delmasso (PTC) e a presidente da Casa,Celina Leão (PDT), falam na possibilidade de abrir uma investigação sobre o tema. 
Entre aqueles que defendem as investigações, há quem prefira esperar mais detalhes sobre as suspeitas de desvios, como Celina Leão e Rodrigo Delmasso. Outros creem na existência de elementos suficientes para iniciarem os trabalhos. Entusiasta da instalação de outras duas CPIs — do transporte e da construção do Estádio Nacional Mané Garrincha —,a presidente da Câmara Legislativa espera por informações mais concretas. “Sabemos que há desvios, mas é preciso detalhar essas operações. Acredito que há um rastro de corrupção que o governador Rodrigo Rollemberg ainda não extirpou da máquina pública, principalmente na saúde e na educação”, afirma. 
Delmasso também vai no sentido de que uma investigação pode ser instalada. “Precisamos de mais elementos, até para não correr o risco de politizar uma investigação, mas sabemos que a saúde está um caos”, revela. Para ele,a CPI deveria se concentrar na investigação dos últimos 10 anos de gestão na área. 
Para Dr Michel(PP), a CPI “demorou para ser instalada”. “Acho que poderíamos investigar os últimos oito anos. Assino embaixo qualquer iniciativa de investigação nesse tema”, defende. Líder da oposição, Chico Vigilante (PT) é contrário à CPI. “Seria desnecessária. Acho que a Polícia Civil tem que ter liberdade para investigar e  mandar prender qualquer um que tenha cometido malfeito”,
diz. 
Segundo o regimento da Câmara, uma CPI só pode ser instalada com o apoio de oito deputados para “apuração de fato determinado e por prazo certo”.

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