Distritais decidem qual governador vai para o inferno

Por Elton Santos/Guardian DF
A sessão ordinária desta quarta-feira, 17, não foi bem para decidir qual projeto seria aprovado ou não. Foi para decidir – com “bola de cristal – que iria para o “paraíso” ou para os braços do diabo. Além disso, qual foi o pior governador do DF.
O assunto começou quando o Bispo Renato (PR) discursou sobre o sistema de bilhetagem. Ele pedia explicações de como o governo de Rodrigo Rollemberg poderia ter repassado R$ 12 milhões às empresas de transporte escolar, referentes a passe estudantil, estando os alunos de férias.
Líder do governo, Júlio Cesar (PRB) pediu aparte para alertá-lo que as férias dos alunos foram mais tarde do normal  e por isso o repasse. Mas ao iniciar o seu discurso, Renato havia dito que entre o céu e inferno, Rollemberg certamente iria para os aposentos do diabo. Júlio brincou: “Vossa excelência deve ter uma bola de cristal”.
Roosevelt Vilela (PSB – partido de Rollemberg), um dos pouquíssimos deputados em plenário, refutou seu colega Renato. E preciso ter cuidado na hora de acusar, disse ele. Para o inferno, provavelmente Agnelo Queiroz e José Roberto Arruda, analisou. E lembrou: o senhor foi secretário de um governador que foi preso. Único algemado. Como?
Pois é. Roosevelt também acusou seu colega erroneamente. O bispo rebateu e disse ter trabalhado sim, mas com Agnelo, que, aliás, lembrou uma voz no plenário: tem a licitação dos transportes investigada pela Polícia Civil. Aliás, novamente, foi condenado pela Fazenda Pública, por improbidade administrativa por conta da contratação de empresa para transmissão da Fórmula Indy no Autódromo Internacional de Brasília.
Motivo: os eventos, que aconteceriam a partir do ano passado, não se realizaram. E isso porque Rollemberg decidiu cancelar a etapa em Brasília alegando falta de recursos.
No final das contas não houve aprovação de projetos. E também ninguém definiu qual foi o pior governador, ou o mais corrupto. E mais uma observação: a cena não foi vista porque a TV Distrital não está no ar, como defende o deputado Agaciel Maia (PTC).

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