Informações Blog do Callado
Foi muito descaso ao longo de anos. Apagão de gestão, aparelhamento, ocupação irregular do solo, casos de corrupção e ineficiência administrativa. Conseguiram quebrar o Governo do Distrito Federal. Não existe mais ilha da fantasia. Essa é a realidade.
A máquina pública está falida. O que está ruim hoje, será pior amanhã. O governador Rollemberg está trocando o pneu com o carro em movimento. Não tem experiência administrativa para administrar o caos. E tem dificuldade em delegar confiança a assessores. Prefere governar com um círculo pessoal. Alguns perfeitos estranhos na cidade. E, muitas vezes, ser amigo não é sinônimo de competência.
Um governo de amigos tem tudo para não dar certo. O governo tem que se reinventar. O governador tem que se reinventar.
O Palácio do Buriti não evoluiu. E isso não é culpa desse governo. O erro vem de pelo menos duas décadas. O atual tem uma parcela pequena de responsabilidade. E pelo seu pedaço está sendo cobrado. Vendeu sonhos na campanha. E colhe tempestade.
Não dá mais para administrar como na época dos ex-governadores Joaquim Roriz e Cristovam Buarque. O Estado tem que deixar de ser paternalista. E precisa fazer a economia andar com seus próprios pés. Sem deixar de criar incentivos econômicos e promover a regulação de alguns setores, como o imobiliário.
O Estado é promotor do desenvolvimento e de políticas sociais. E isso deve ser de forma moderna. Governo e economia são umbilicalmente ligados. Se o governo quebra, a cidade também sofre as consequências. E o que temos hoje é um quadro de terra arrasada. Rollemberg não vai resolver o problema. O problema é máquina. O que se espera dele é competência para tirar o Buriti do buraco, ao invés de não aprofundar ainda mais a cova. Se não conseguir, será enterrado junto com o governo.
O governo não tem dinheiro para pagar o funcionalismo público. A culpa é do servidor? Claro que não. Ao contrário, o governo precisa de mais gente trabalhando em serviço da sociedade. Principalmente na Educação e na Saúde. Os salários são altos? Alguns são sim, e merecidos. E, dependendo da categoria, estão abaixo do mercado.
Demitir comissionado não resolve nada. Não representa um por cento da folha de pagamento. Só serve para o governo estampar nas páginas de jornais e na televisão que está cortando gastos. Não vai resolver nada. Ao contrário, vai faltar servidor em muitas áreas.
O governo precisa arrecadar mais e melhor. E sem colocar a conta no contribuinte. O povo não pode pagar pela ineficiência, incompetência ou vigarice de governantes.
Muitos gastos são desnecessários. Cortar carros oficiais, por exemplo, é demagogia barata. É querer se mostrar diferente quando na realidade é semelhante. Os contratos milionários é que precisam ser cortados. Milionários e muitas vezes desnecessários. E com altas comissões.
O governo do DF precisa se reinventar. E não é mudando o nome para Governo de Brasília que vai resolver. Mudar o modo de administrar. Sem purismo.
A sociedade espera ações firmes de um governante. Que olhe nos olhos da pessoas. E que tenha palavra. Sem isso, perderá a confiança do povo. A teimosia não faz bem. Continuar no erro mostra cegueira.
As parcerias público-privadas é uma luz no fim do túnel. Uma das poucas saídas para esse governo. Serão quatro anos administrando crises. Talvez no último ano Rollemberg tenha um pouco de paz no Palácio do Buriti. Mas, politicamente, estará morto.
Sem dinheiro em caixa, sem criatividade e experiência de parte de sua equipe, acabará desgastado por promessas de campanha não cumpridas. Por atrasos de salários. E por falta de realizações. Até agora, Rollemberg não entusiasmou e pecou por não ter constituído uma marca de governo. Para frente, o problema não será mais falta de entusiasmo.