As demissões do secretário de Justiça, João Carlos Souto, e do subsecretário do Sistema Penitenciário, João Carlos Lóssio, não foi por causa da fuga dos dez presidiários, muito menos por conta de suas declarações infelizes sobre a omissão da Polícia Militar. Longe disso. A intenção do governador Rodrigo Rollemberg nessas exonerações não é de hoje. Essa atitude já seria tomada, só não se sabia como.
As exonerações atingiram em cheio o deputado distrital Raimundo Ribeiro (PSDB). João e Lóssio eram indicações do parlamentar. O governador só avisou dois minutos antes de ocorrer. E o substituto foi escolhido pelo próprio Rollemberg. Sem consultar o parlamentar.
A verdade é que o Palácio do Buriti queria tirar cargos do deputado distrital. O plano já estava traçado, só faltava um forte motivo. O destino conspirou a favor e o governador Rodrigo Rollemberg usou a caneta sem dó e nem piedade.
No começo de seu governo, Rollemberg ficou animado com Ribeiro por causa do PSDB-DF. Era certo que o parlamentar conseguiria a presidência do partido e assim o tucanato caminharia com o governo tranquilamente. Só que não. No meio do caminho havia uma pedra chamada Izalci Lucas e a intervenção nacional colocou a legenda nas mãos de outro tucano. O caldo entornou.
Na oposição?
Nos bastidores Raimundo Ribeiro não gostou da maneira com que o governador conduziu tudo. O distrital já ameaça ir para a oposição. Pode nem ir, mas o deputado não será governista como antes.
O líder da oposição Bispo Renato(PR) já se adiantou a Raimundo Ribeiro no plenário da CLDF. “Bem-vindo deputado a oposição.”
Está dito!
Fonte: Redação