Falou & Disse: “Devemos ter cuidado nas comparações e generalizações”

Falou e Disse

“A PMDF é composta de homens e mulheres de todas as etnias, de todas as religiões, assim como acontece nas Forças Armadas. Como somos o somatório do grupo social a que pertencemos, afirmo que não aprendemos racismo nas nossas academias e escolas militares. Pelo contrário, aprendemos a ser plurais em pensamento, palavras e atos, bem como tolerantes com o próximo.

Na nossa atividade estamos sujeitos a muito estresse e, em algum momento, alguém pode sair da normalidade psicológica/técnica e praticar um ato também anormal e que uma vez acontecido é investigado e punido por nós (justiça militar e nossos rígidos códigos disciplinares) e pela justiça comum também.

Posso garantir que não existe racismo exposto na nossa instituição. Mas, se houver alguma manifestação, iremos reprimir e punir exemplarmente. Entendo que não podemos comparar a situação do policial norte-americano com a nossa realidade.

Mas, entendo que antes de ser um crime de racismo perpetrado por ele, creio ter sido um crime onde a imperícia e a negligência foram as causas determinantes. A reação popular foi fruto das antigas cicatrizes de racismo da sociedade americana.

Quando um jornalista, assassina sua esposa não quer dizer que todos os jornalistas são propensos a cometer crimes dessa natureza. Por essa razão, devemos ter cuidado nas comparações e generalizações sem levarmos em conta as diferenças de realidades sociológica, antropológica, psicológica e cultural.

 

Foi o que respondeu o Coronel Wellington Corsino, presidente da Associação dos Militares Estaduais do Brasil (Amebrasil) ao responder a seguinte pergunta da jornalista Ana Maria Campos:

Em meio a manifestações pelo mundo de repúdio ao assassinato de um homem negro por um policial nos Estados Unidos, um PM agrediu um negro em Planaltina. Há racismo na corporação?

Mandou bem!

 

Autor

Horas
Minutos
Segundos
Estamos ao vivo