Fraude: mais de R$ 1 milhão em multas no DF

Um grupo é suspeito de cancelar indevidamente mais de R$ 1 milhão em multas de trânsito no Distrito Federal. A fraude é investigada pela Polícia Civil.

De acordo com a investigação, a fraude foi comandada por despachantes do órgão e conseguiu anular R$ 1,3 milhão em multas.

Ao todo, foram cumpridos cinco mandados de prisão temporária e oito mandados de busca e apreensão em endereços da capital. Entre os investigados, de acordo com a polícia, está um servidor público cedido ao Detran.

Em nota, a autarquia afirma que está colaborando com as investigações, e que o servidor detido é “cedido da antiga Seplag [Secretaria de Planejamento do DF] e que será devolvido ao seu órgão de origem imediatamente”.

A investigação aponta que o grupo contratou hackers para invadir o sistema com a finalidade de retirar restrições judiciais e administrativas de 612 veículos.

Além disso, a polícia constatou que os suspeitos conseguiram autorizar licenciamentos e transferência de propriedade de automóveis que estavam com restrições.

“Constatou-se que as fraudes foram encomendadas pelos proprietários/usuários dos veículos a despachantes que, por sua vez, solicitavam que a alteração no sistema Getran fosse realizada por hackers”, informou a Polícia Civil.

“Verificou-se ainda participação de servidor cedido ao Detran, que repassava informações internas a ex-despachante que comercializava as fraudes.”

Ainda de acordo a investigação, o grupo operava desde maio do ano passado. As fraudes ocorreram pelo menos até janeiro deste ano.

O nome da operação, “Backdoor”, é um termo em inglês que, em tradução livre, significa “porta dos fundos”. A expressão, de acordo com a polícia, é em referência à “vulnerabilidade utilizada pelos hackers para o cometimento das fraudes”.

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