Professores da rede pública do DF decidem manter a greve
Os professores da rede pública do Distrito Federal decidiram, nesta segunda-feira (16), em assembleia, manter a greve iniciada no começo de junho. A categoria considera que a proposta apresentada pelo Governo do DF ainda está distante do que é necessário para atender às reivindicações dos profissionais da educação.
A paralisação já dura mais de duas semanas e atinge entre 80% e 85% das escolas da rede, com muitas unidades funcionando de forma parcial ou com atividades completamente suspensas. Após a assembleia, os professores seguiram em marcha até o Palácio do Buriti, bloqueando o Eixo Monumental como forma de pressionar o governo a retomar as negociações.
O GDF apresentou uma proposta que inclui a convocação de 3 mil aprovados no concurso da educação em dezembro deste ano, a prorrogação da validade do certame de 2022, a realização de um novo concurso ainda em 2025 e a criação de um calendário para discutir a reestruturação da carreira, com mediação do Tribunal de Justiça do DF. No entanto, o plano não foi suficiente para convencer os trabalhadores.
Entre as principais reivindicações estão a reestruturação da carreira com reajuste de 19,8%, a nomeação dos aprovados no concurso de 2022, o repasse previdenciário dos professores temporários ao INSS e melhorias nas condições de trabalho nas escolas.
Mesmo com a suspensão da multa de R$ 1 milhão por dia, anteriormente imposta pela Justiça, e sua posterior redução para R$ 300 mil, o movimento decidiu manter a greve e continuar com ações de mobilização, como panfletagens, uso de carros de som e articulações com outras categorias, como os profissionais da saúde.
Numa próxima assembleia, os professores devem reavaliar a situação e definir os próximos passos da mobilização.