Ibaneis Rocha foi eleito com o apoio maciço dos sindicatos que representam os servidores públicos do DF. Leia-se: SindMédico, SindSaúde e Sindate.
Uma das promessas que garantiram apoio ao emedebista foi o pagamento da terceira parcela do reajuste salarial da categoria. Esse aumento deve vir no final do ano e custará aos cofres públicos R$ 227 milhões nesse período.
Foi o que o governador anterior, Rodrigo Rollemberg, garantiu.
A campanha transpareceu uma aliança amistosa entre sindicatos e o agora governador Ibaneis. Essa lua de mel deve perdurar por mais algumas semanas. Meses, talvez.
Mas ontem, durante o anúncio do SOS Saúde, Ibaneis disse que iria jogar duro com os servidores que não cumprirem bem com seu trabalho de atender os pacientes. Aliás, o atendimento é a reclamação preponderante entre os pacientes.
Nenhum sindicato se posicionou sobre essa fala de Ibaneis. Nem Sindate, nem SindSaúde. O deputado distrital Jorge Vianna também não. A lua de mel continua, sabe lá até quando.
Dentro da própria categoria há servidores que querem punho firme para que os maus servidores parem de manchar a honra dos bons servidores. Eles querem punho firme, não perseguição.
SindMédico já está de “pá virada” com Ibaneis. Agora resta saber até quando SindSaúde e Sindate vão manter a boa relação com o governador, mesmo diante desses discursos, à despeito do corporativismo que sempre reinou em anos anteriores. O paciente tem que ser o beneficiado final. O paciente.