Idosa sofre infarto após falsa acusação de furto

Uma idosa de 75 anos sofreu infarto, neste fim de semana, após ser acusada de furtar um chinelo em um mercado aqui do Distrito Federal. Nervosa, a aposentada Milta de Jesus Oliveira precisou ser levada a um hospital da região.

A idosa está internada no Hospital Universitário de Brasília (HUB). O relatório médico indica que ela sofreu um infarto agudo do miocárdio.

De acordo com familiares de Milta, que acompanhavam a idosa no mercado, eles estavam passando as compras pelo caixa quando foram abordados por funcionários do mercado.

– Após passar todas as compras, cujo valor foi mais de R$ 600, em tom de voz alterado e audível para todos os outros clientes que estavam na fila ouvirem, faz-lhe o seguinte questionamento: ‘A senhora vai pagar essas sandália que furtou também?’ – relembrou Grazielle Guedes Oliveira, neta de Milta.

Nervosa, a idosa tentou explicar que o chinelo que levava era um presente e se defendeu, afirmando que era uma mulher honesta e que nunca roubou ou furtou nada. Neste momento, a caixa acionou a equipe de segurança, que queria uma comprovação de que o chinele, das marcas Havaianas, não tinha sido furtadas na loja.

– Após ser acusada de furto e todo o escândalo armado pela funcionária do caixa e a grosseria dos seguranças desse atacadão, ela começou a se sentir mal. A pressão subiu. Jamais pensou que nesta idade seria vítima de tamanha injustiça e desrespeito – lembrou a neta.

Durante a discussão, o gerente se aproximou e, segundo testemunhas, pediu “desculpas” pelo mal entendido, e disse que a idosa era muito parecida com uma outra mulher que, de fato, furtou sandálias no local.

Indignada, a família da aposentada acionou a Polícia Civil, que investiga o caso, e também abriu uma denúncia interna no atacadista Super Adega. O mercado já se prontificou em arcar com as despesas médicas e o acompanhamento psicológico da vítima, que faz aniversário nesta segunda (30).

Em nota, o Grupo Super Adega se desculpou pelo episódio e afirmou que “repudia veementemente” qualquer atitude que provoque “constrangimento” a seus clientes e funcionários.

LEIA A NOTA DO GRUPO SUPER ADEGA NA ÍNTEGRA
Por meio desta nota oficial, o Grupo Super Adega vem prestar esclarecimentos acerca dos fatos ocorridos no dia 28/11/2020, por volta das 18H00, na loja do Jardim Botânico envolvendo a Sra. Milta Jesus de Oliveira, nossa cliente. Em razão de comorbidades e doenças pré-existentes, a Sra. Milta teve um quadro de mal súbito após sentir-se constrangida por um de nossos colaboradores devido à ocorrência de fato isolado e também devido à sua idade.

O Grupo GSA informa que, tão logo tomou conhecimento dos fatos, por intermédio da Diretoria da empresa e da Gerência de RH, deu início a rigorosa apuração dos fatos e entrou em contato com a Sra. Sandrine, filha-neta da nossa cliente. Após o contato, foi prestada toda a assistência psicológica, emocional e médico-hospitalar a fim de garantir que a Sra. Milta recebesse o melhor tratamento possível diante do ocorrido e tivesse acesso ao tratamento médico adequado e especializado para o quadro que apresentou.

Ressaltamos que sentimos muito pelos fatos relatados e, desde já, pedimos desculpa pelo ocorrido. A nossa empresa preza pelo bom relacionamento e gentileza com nossos clientes, é um grupo sério e não compactua ou incentiva qualquer tipo de ação ou omissão que possa causar constrangimento ou gerar situação discriminatória, vexatória, de injúria ou racismo aos nossos clientes.

O Grupo Super Adega repudia, veementemente, toda e qualquer atitude passível de provocar e/ou promover constrangimento e/ou discriminação. A empresa sente profundamente pela situação e informa que a Sra. Milta e sua família possuem canal direto com os Diretores do nosso Grupo, que estão à disposição para atender quaisquer demandas que se façam necessárias.

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