Os servidores de nível médio da Secretaria de Saúde do Distrito Federal decidiram entrar em greve. A decisão foi tomada na manhã desta quinta-feira (8), em assembleia realizada na área externa da Câmara Legislativa.
Entre as reivindicações, o pagamento de atrasados de algumas categorias e ainda o reajuste do serviço público sancionado no ano passado pelo ex-governador Agnelo Queiroz (PT). “Ha várias semanas, temos buscado um acordo, mas nem conversamos o governador”,
A manifestação contou ainda com uma encenação polêmica. Servidores provocaram o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) ao colocarem uma representação do chefe do Executivo entubado, enfaixado e sentado numa cadeira de rodas, seguido por um cortejo fúnebre.
“Estamos mostrando para a população o que está acontecendo com o governador, que politicamente está definhando, prestes ao óbito político”, explicou a presidente do SindSaúde, Marli Rodrigues.
Segundo ela, a representação serve também para mostrar a atual situação da saúde pública do DF, a dos servidores públicos e até da população. “Estamos todos na UTI, prestes ao fim, por não termos um governante comprometido com a legalidade e com suas próprias palavras”, continuou.
A greve foi aprovada por unanimidade durante a assembleia. Marli Rodrigues destacou, no entanto, que manterá a quantidade de 30% dos servidores em seus postos de trabalho, conforme exige a lei. “Não apenas pela lei, mas para não prejudicar mais ainda a população. O governo diz que não tem dinheiro. E o servidor, tem?”, provoca.
O sindicato afirma que não existe previsão para uma nova assembleia. Estima-se que a decisão atinja diretamente 23 mil servidores da saúde pública, divididos em 104 categorias da área burocrática da Secretaria de Saúde do DF. Entre eles, auxiliares administrativos, motoristas, técnicos administrativos e outros.
Fonte: Redação