MI NOVAS MÍDIAS | O desafio da comunicação pública no DF

Comunicação não é o que você fala, mas aquilo que o público entende. A frase, que já virou chavão entre profissionais da área de comunicação social e até mesmo do público em geral, parece não tinir entre aqueles que governam e governaram o Distrito Federal. O mesmo recado serve para a Câmara Legislativa.
O Movimento Independente (MI) Novas Mídias considera que não há casos exitosos de campanhas publicitárias do GDF, que sejam dignas de prêmios. Não há sequer situações que gerassem reprodução por parte da sociedade – o público-alvo de qualquer comunicação governamental.
A mensagem é falha. E tem explicação. O problema não está apenas no aspecto de linguagem, que é, sim, pouco eficiente e maçante. Também não é somente culpa dos governos, de todas as colorações possíveis, que transitaram pelo Palácio do Buriti neste período.
O cerne desta questão está no sistema que movimenta o setor. Uma força de tamanho imensurável, que o cidadão comum certamente não faz ideia que exista.
Algo que assusta novatos, afasta pessoas sérias e expurga, sem dó, quem se propõe a fazer diferente. É um ambiente sombrio em que só há uma regra: entre ou saia (mal).
A comunicação pública no DF é controlada por um “establishment”, que nada tem a ver com o visto em seriados da moda ou com a tradução literal da palavra.
Não tem a ver, porque não é elite, não tem ideologia, não tem cunho político e tão pouco faz parte do setor produtivo. Apesar disso, tem força política e exerce o poderio econômico. E isso ocorre de tal forma que enriquece a quem entra, fortalece quem sustenta e derrota quem não cumpre à risca o que lhe é imposto.
É este fantasma descomunal o responsável pelo ruído entre governantes e a população. É essa visível supremacia que tem dilapidado o patrimônio público e financiado negócios espúrios.
Uma ação em que o objetivo principal não é comunicar. A meta é ganhar dinheiro e, no máximo, resolver problemas de forma travestida de publicidade.
Um mal, aparentemente, difícil de se desvencilhar. Houve quem tentou. Mas logo teve que se entregar.
Brasília não é pequena para ser tão diminuta neste campo. Aqui estão grandes profissionais. Gente que, de fato, sabe fazer comunicação. Mas todos estão com medo. Recuam e vão para outras regiões ou para o âmbito federal para não se envolverem nas “pequenices” que rondam a comunicação da Capital.
Passou da hora de a sociedade saber a verdade e dos órgãos de fiscalização agirem. É fácil perceber. Basta refletir. Quantos tocaram a comunicação pública no DF nos últimos 20 anos? Esta resposta, deixamos para quem de direito deve fiscalizar.
Os nomes (físicos e jurídicos) usados para essa missão são sempre os mesmos. As cartas são marcadas. Os custos das campanhas são elevadíssimos, perante os gastos com mídia. E mais: a comunicação não surte efeito.
Não dá mais para aceitar isso. Chegou a hora do novo. Do limpo. Do correto. Enquanto os profissionais da área ficarem calados, todos sairão perdendo. Inclusive os governantes que cedem ao sistema, se beneficiam no presente, mas perdem no futuro.
Basta olhar para trás. Ou no agora.
Movimento Independente (MI) Novas Mídias

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