Esses dias encontrei um desses personagens considerados 171 da política – e olha que nesse meio tem mais do que sua vã filosofia imagina. E acabei lembrando de uma história.
O sujeito trabalhou para um candidato da federal nas eleições de 2014. Fez a campanha toda, bem entusiasmado. Até claque ele contratava para impressionar o então postulante a vaga. Até mendigos passavam por um dia de beleza para serem confundidos com futuros eleitores.
Esse personagem consegue a façanha de passar a perna em deputados e afins. Candidatos, nem fala. Mas em 2014 foi seu golpe. O candidato a federal que esbanjava grana “emprestou”’dois carros ao sujeito. Um deles era uma linda BMW e também uma caminhonete.
Só que o erro do rico candidato foi ter dado os carros com o DUT junto. Pimba! Acabou a campanha e o nosso 171 preencheu os DUTS e vendeu os dois carros e embolsou 150 mil sem fazer nada. O candidato a federal queria que eu fizesse uma matéria. Aí perguntei: “Por que você não registra uma ocorrência?”. Ele respondeu: “Sabe de uma coisa: deixa isso quieto”. Moral da história: Político de rabo preso que não fica esperto leva tombo.
Nosso personagem 171 está na política até hoje ostentando nas redes sociais, próximo de políticos e todo pimpão. Já nosso político está atualmente depressivo e cheio de processo.
Trecho do livro “Um Passarinho Me Contou”
