Quando muda um governo, é natural que as esperanças da população se renovem. Deixa-se a disputa pra trás e dá-se um prazo para que as coisas aconteçam. A expectativa é de que aquele que entra tenha a disposição necessária para transformar em ações e iniciativas concretas tudo aquilo com o que se comprometeu na campanha eleitoral. Neste governo, lamentavelmente, a esperança deu lugar a frustração.
Nunca na história da nossa Capital um governante se mostrou tão incapaz e nomeou uma equipe tão sem condições de resolver os problemas do nosso dia a dia.
Começou parcelando salário de servidores, deixando de lado a eleição dos administradores, se perdeu na burocracia e não enxergou, a tempo e a hora, que seu modelo de gestão é fracassado técnica e politicamente. No centro do poder a vaidade e a incompetência falaram alto e se irradiaram para áreas cruciais do governo, a tal ponto que sua popularidade positiva não chega a dois dígitos.
Pior, perde de goleada pra Arruda, depois de tantos anos e pro derrotado Agnelo, que pouca saudade deixou, além do decantado rombo nas contas públicas. Na Saúde o caos não se resolve, nem que os tambores maranhenses rufem e a população está morrendo. Na Educação estamos em setembro e as escolas ainda continuam caindo e sem professores, num descaso sem precedente com nossas crianças e jovens.
As derrubadas se voltaram contra o governo, num efeito bumerangue de insatisfações, seja no Por do Sol, em Vicente Pires ou no Lago Sul, todos unidos nas reclamações e inconformados com o rastro de destruição e lágrimas. A segurança explodiu em greves e incapacidade operacional, como os caixas eletrônicos.
O chocante, no entanto, foi terem matado nossa esperança, pois o pior está por vir. As chuvas estão chegando e com ela os buracos, inundações, desespero e paralisia das poucas obras que este governo deu conta de reiniciar. A mesma paralisia que tomou conta de um governo de intrigas, ciúmes e agora se descobre, negociatas, para atender o PSB nacional e integrantes do próprio governo.
O povo sofre e o governo pensa que está abafando, não está. Mas o caos se consolida mesmo com um déficit de dois bilhões que vem trazido pelas tempestades que se aproximam e o governo só pensa em meter a mão no esvaziado bolso do contribuinte, como panacéia pra sua própria incompetência. Aumento de impostos é um remédio amargo, que 93 % da população rejeita. O exemplo está ao lado.
Dilma viu sua base se esfacelar, na mesma proporção da sua popularidade. Rollemberg agora assume o toma lá dá cá que antes recusava, o que pode fazer o que estava ruim piorar. Mal cercado, rejeitado pela população, asfixiando quem produz, e mal das pernas com os servidores, o governo pode ter que encarar um desfecho antecipado pra quem sequer conseguiu sair da linha de largada.
Com isto fica a sensação de que o pior está realmente por vir. Pobres de todos nós. Brasília não merecia isto.
Quem avisa amigo é.
Fonte: Redação