Neste final tivemos eleições suplementares no estado do Tocantins já que o governador anterior foi cassado pela justiça eleitoral por abuso de poder econômico. Traduzindo: comprou votos na cara dura. Mas o que isso tem a ver com o Distrito Federal? Digo que tem tudo a ver. Os números deveriam servir de base para a classe política do DF e Brasil.
De acordo com o Tribunal Regional Eleitoral de Tocantins as abstenções chegaram a 306.811 (30,14%), os votos nulos somaram 121.877 (17,13%) e os votos em branco 14.660 (2,06%). Isso num universo de 1.039.913 de eleitores.
Esses 443.414 eleitores de Tocantins não quiserem saber de depositar o seu voto em nenhum político, quase a metade do eleitorado. O primeiro e segundo colocados somados não chegam nem perto das abstenções, brancos e nulos.
Não tenho dúvidas que nas próximas eleições, principalmente no Distrito Federal, calculo que teremos abstenções que podem variar entre 30 e 40% ou mais. Não se sabe.
De acordo com o Tribunal Regional do Distrito Federal nós somos 2.063.136 (Dois Milhões sessenta mil e cento e trinta seis) eleitores, números de abril 2018. Corremos o risco de ter mais de um milhão de votos jogados no ralo, caso as previsões de abstenções, brancos e nulos se concretizem.
Alguns pré-candidatos do “já ganharam” devem estudar de cabo a rabo as eleições de Tocantins. Grupos que dizem “Estamos disparados nas pesquisas,” “Somos os melhores”, “Fulano está fora do jogo,” podem ir para o ralo caso o eleitor insatisfeito seja a maioria.
As eleições suplementares do Tocantins nos mostraram que os eleitores e a sociedade estão dando uma banana nos políticos desse país, e os nossos diletos postulantes estão mais que nunca iludidos e nos seus pedestais.
As próximas eleições darão muitas lições a essa gente.
Fonte: Redação