Quem socorre o cidadão?

Estava eu sentado aguardando o almoço, quando o telejornal anuncia que o governo Temer, do PMDB, iria socorrer o estado do Rio de Janeiro com 3 bilhões de reais.
No litoral tá faltando tudo. Dinheiro pra salários, pra obras, saúde sucateada por Organizações Sociais irresponsáveis, educação na pindaíba, insegurança presente. Culpados, nenhum à vista.
A quantia se mostra módica se compararmos com os 170 bilhões de rombo que o governo Dilma e o PT deixaram na esfera federal. Aqui a sobrevivência governamental decorre do trilhão de arrecadação, que arrancam do bolso do brasileiro ano após ano. Solução mesmo, nenhuma. 
Fartura pra alguns poucos, que receberam boladas pra defender o governo, em blogs, revistas e em espetáculos culturais, além da farta distribuição de cargos e benesses. Leniência só pra quem levou o dinheiro público. Festa estranha com gente esquisita.
Nos Estados e Municípios só se fala em quebradeira, do norte ao sul do país. Bilhões são arrecadados do cidadão, mas quase nada volta em serviço público decente. Perdemos os parâmetros de quanto as estruturas públicas precisam pra funcionar bem. Se é que o que gastam já não seria suficiente.
De forma falaciosa a cobertura jornalística de todos os tipos de veículos, sempre escamoteiam interesses pessoais ou empresariais, moral da estória: “O cidadão está órfão”.
Ninguém reforma nada pra mudar o que está errado. Reformas decantados são sempre as mesmas, a da previdência, a trabalhista, sempre pra nos tirar o que já não temos, até mesmo os direitos. E tem aquelas que só servem de discurso, como a política e a tributária. Às vezes aparece um texto falando em mania, mas se vão como as estações.
O cidadão trabalha e paga impostos e taxas pra alguns poucos enriquecerem. Até no judiciário e no MP, milhões foram gastos em salários sob o manto de indenização, num acinte indecoroso, e quando alguém se levanta pra mostrar a verdade, vira alvo daqueles que se habituaram a viver acima de tudo e de todos, e as custas de dribles de interpretação e jeitinhos para as soluções convenientes. Justiça seja feita alguns poucos se recusaram a receber a indecorosa indenização. De resto tudo passou ao largo dos que sofrem a falta de tudo. Pobre povo brasileiro.
Os órgãos de controle só chegam depois que Inês está morta. E a lava a jato, coqueluche nacional, virou sombra pros desvios ainda não descobertos, ou mesmo para um caça às bruxas que não separa culpados de inocentes. Pintou na telinha é ladrão.
Na esperteza dos ladrões assumidos e pegos, a delação virou tábua de salvação superpremiada. Roubam milhões à vista, e devolvem parceladamente, isto quando não protegem os seus. Atiram pra todo lado, mesmo sem provas e aproveitam do furor jornalístico pra fazer  da vala comum um encontro que os transforme em salvadores da pátria. É O lobo mau travestido de vovozinha.
Afinal qual o futuro nos espera?
Nem mesmo as distrações nacionais escaparam. A seleção se afundou, a cerveja tá cara demais, o carnaval tá mecanizado e foi abafado pela crise e o verão passou que nem vimos.
Aqui no DF não temos saída a não ser lamentar. O governo não governa, nada funciona, e as soluções mirabolantes como OSs na saúde, são pano de fundo pro desvio indecoroso. Afinal onde foram usadas viraram escândalo e aqui não será diferente.
Só o cidadão de bem pode mudar este quadro, pois se esperarmos que nos socorram vamos morrer à míngua. Afinal, ninguém vai nos socorrer. As eleições estão aí, chega de espertalhões. Seja de qual ideologia for.

Fonte: Redação

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