Rorizão não é mais o mesmo

Informações Elton Santos Ao Vivo de Brasília
O aumento nas refeições em restaurantes comunitários pode ser um tiro no pé do governador Rodrigo Rollemberg. Desde que foi anunciado o reajuste, no dia 15 de setembro passado, houve uma redução na frequência de consumidores nesses estabelecimentos.
Em números oficiais, a título de comparação, na segunda quinzena de agosto, os restaurantes serviram aproximadamente 393 mil refeições. Até o fechamento dessa matéria, a Secretaria de Desenvolvimento Social não havia terminado o levantamento dos últimos quinze dias do mês de setembro, a partir do dia em que foram anunciados os aumentos.
Embora sem esses números, a reportagem apurou junto a alguns estabelecimentos que a redução chegou a 40%. E esse declínio na procura por refeições começou antes mesmo de aumentarem, de fato, o valor do prato.
“Caiu muito. Nós servíamos (em alguns dias) 2.5 mil refeições. Já no dia seguinte do anúncio de aumento, diminui bastante, para 1.8 mil, 2 mil pessoas”, comenta um funcionário da área administrativa do restaurante comunitário da cidade Estrutural.
O cenário é semelhante em outros locais. O receio que se tem é que o reajuste acabe diminuindo o número de frequentadores nos restaurantes e não aumente a receita, como é o propósito do Palácio do Buriti.
Quando a Câmara Legislativa cortou na própria carne e devolveu aos cofres públicos 24 milhões de reais, o acordo entre a presidente da Casa, Celina Leão (PDT), e o Rollemberg, era de que esse valor evitaria o reajuste nos restaurantes comunitários.
Até o momento, esse acordo foi descumprido. Por isso os deputados distritais se articulam para sustar o reajuste das refeições. Começou com Liliane Roriz (PRTB), que elaborou um projeto de Decreto Legislativo propondo essa suspensão.
Para comparar a redução, a reportagem pediu a Sedest o número de refeições das últimas quinzenas de agosto e setembro, já que o anúncio do aumento foi feito no dia 15 do mês passado e, desde já, as pessoas deixaram de ir aos restaurantes.
Segue a quantidade de pratos servidos nas regiões administrativas apenas de agosto, por que, até o presente momento, a Pasta responsável não nos deu o outro número.
Agosto

Brazlândia: 32.617 mil

Ceilândia: 45.613 mil

Estrutural: 30.317 mil

Gama: 48.082 mil

Paranoá: 14.476 mil

Planaltina: 20.980 mil

Recanto das Emas: 26.167 mil

Riacho Fundo: 28.387 mil

Samambaia: 29.923 mil

Santa Maria: 29.122 mil

São Sebastião: 26.447 mil

Sobradinho: 33.838 mil

Itapoã: 26.827 mil


Total geral: 392.796 mil

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