A imagem ilustrando este artigo é do mundo invertido que é retratado no seriado da Netflix, Stranger Things. Se você não assistiu, com certeza conhece alguém que já. A trama, que está em sua terceira temporada, retrata a vida dos moradores de uma cidade pacata cidade de Hawkins, Indiana.
A história se inicia quando uma criança, de repente, desaparece. Isso faz seus amigos partirem por sua busca. Durante a aventura, encontram uma garota com poderes. Daí em diante, uma série de acontecimentos misturando dois mundos dá o tom do seriado.
Em linhas gerais é assim: de um lado, está a vida pacata dos moradores e do outro, o chamado mundo invertido, onde crianças e adolescentes são tragados para ele, um lugar de terror. Muito terror.
Quando esses fatos são contados pelas crianças aventureiras para as pessoas da cidade, sobretudo adultos, elas não são levadas a sério. Ou seja, o tal mundo invertido é uma piada e Hawkins é um “lugar maravilhoso”.
Só depois as pessoas (nem todas) caem na real e percebem que há, de fato, algo de estranho acontecendo na cidade. Pessoas desaparecendo ou morrendo. O mundo paralelo entre o invertido e Hawkins se arrasta por três temporadas – e terá a quarta, provavelmente.
De vez em quando o terror do mundo de lá adormece e os personagens seguem suas rotinas, te que o drama começa de novo.
Qual o motivo da sinopse? Dias atrás o secretário de Saúde, Osnei Okumoto, deu entrevista à imprensa e afirmou que o atendimento à população melhorou. O que nos faz refletir: de qual mundo o secretário está falando, o invertido ou o da pacata cidade de Hawkins?
Como ousar dizer que o atendimento à população melhorou, quando para ser atendido, o brasiliense percorre pelo menos três unidades para receber orientação médica e remédios? Está na hora dos nossos governantes saírem da tranqüilidade e visitarem o mundo invertido que o DF está vivendo.