Três perguntas: Sandro Avelar

Informações Celson Bianchi 

CB- Qual foi o maior desafio que enfrentou à frente da Secretaria de Segurança do DF?
Sandro Avelar: Foi integrar as polícias militar e civil, instituições centenárias, com uma rivalidade histórica, doutrinas próprias e autonomia administrativa, num projeto único da Segurança Pública – o programa Ação pela Vida. Deu tão certo que em 2013 tiramos Brasilia do ranking das 50 cidades mais violentas do mundo, onde, infelizmente, ainda permanecem 19 capitais brasileiras. Quando assumimos, segundo os dados do Fórum Nacional de Segurança Publica, éramos a 8a capital mais violenta do Brasil, e ao final da nossa gestão, em 2014, éramos a 22a, ou seja, invertemos os pólos: nos tornamos a 6a capital mais segura!
CB- Em segurança pública, o que é mais importante: teoria ou prática?
Sandro Avelar: A soma das duas coisas! A teoria é importante para trazer idéias atuais, com base científica, mas não pode se afastar da nossa realidade. Há grandes teóricos, com doutorado ou pós-doutorado no exterior, que estudam em países europeus mas não conhecem o Brasil, aí voltam anos depois e querem aplicar na periferia de Maceió o que viram funcionar em Berlim. É ridículo! Não conhecem nossa realidade mas dizem que a PM deve fazer isso, a Civil deve fazer aquilo… São doutores acadêmicos, mas ignoram nossa realidade. São doutores ignorantes!
CB- Ainda tem esperança de assumir uma cadeira na Câmara dos Deputados… Seja na condição de suplente agora ou titular em outros pleitos?
Fui candidato pra gritar do alto da tribuna da Câmara Federal que o foco está errado, que não se faz segurança pública cobrando da polícia que segure sozinha toda a violência causada por falhas do estado. Se a violência é uma doença, a polícia é um remédio, mas a vacina é a Educação. Segurança se faz educando o povo!

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