O Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (TRT-10) determinou, nesta segunda-feira (3), que uma equipe vá às garagens de ônibus coletivos do Distrito Federal para conferir se os rodoviários estão cumprindo medida judicial. O desembargador Brasilino Santos Ramos havia determinado que os funcionários poderiam fazer greve, mas deveriam manter 60% dos ônibus rodando em horário de pico, e 40% nos demais horários.
Os ônibus não estão circulando desde a meia-noite de hoje. Os rodoviários decidiram pela greve total, que deve durar 24 horas. A multa por descumprimento da ordem judicial é de R$ 50 mil por dia.
A categoria reivindica inclusão no plano de vacinação contra a covid-19. O sindicato que atende os funcionários (Sittrater-DF) alega, em nota, que, “no dia de amanhã, o serviço de transporte público estará totalmente restabelecido”.
O Sittrater diz também que “o GDF mudou promessa feita à categoria que a incluía no calendário de vacinação prioritariamente”. Em março deste ano, o secretário de Transporte e Mobilidade, Valter Casimiro, garantiu que “essa categoria é prioritária junto ao pessoal da segurança, da educação”. No entanto, apenas profissionais de segurança começaram a ser vacinados. Já em reunião na última sexta (30), o secretário de Saúde, Osnei Okumoto, teria dito que não seria possível incluir os rodoviários porque eles não estavam no plano nacional de imunização, do Ministério da Saúde.
Desde o início da pandemia, 31 profissionais morreram vítimas da covid-19. Atualmente, não há previsão para que estes funcionários sejam vacinados.