Unidos. Só que não

Informações Milena Lopes, Jornal de Brasília 
Antes, bem antes, quando o governo de Rodrigo Rollemberg começou a dar sinais de que patinaria, partidos tidos como de direita se anteciparam em organizar conversas que poderiam resultar em coalizão para as eleições do ano que vem. Já se sabia que a guerra de egos poderia atrapalhar uma grande aliança. 
Agora, já ficou claro que a reunião de muitos caciques pode não terminar muito bem. E as confusões começaram. Uns dizem que apenas Alírio Neto (PTB) e Frejat (PR) ainda teriam condições de concorrer ao Palácio do Buriti. Poucos são os que ainda apostam em Fraga (DEM), Izalci Lucas (PSDB) ou mesmo Tadeu Filippelli (PMDB), embora todos eles garantam que ainda estão no páreo.
Com Cristovam vem Reguffe?
Alírio diz que não abrirá mão de derrotar Rollemberg nas urnas. No grupo, já estaria certo que Frejat disputaria uma das vagas do Senado. A outra ficaria para Cristovam Buarque (PPS), que poderia se juntar a eles, trazendo ainda o apoio disputadíssimo do também senador Reguffe (sem partido).
Joe, Eliana…
O grupo de Alírio e Frejat namora não só o PPS, mas o PDT, de Joe Valle, cujo nome poderia figurar como candidato a vice-governador na chapa. Mas essa vaga é cobiçada também por Eliana Pedrosa.
Evangélicos
Os evangélicos correm por fora e garantem que têm mantido conversas com todos os grupos, inclusive com o governador Rodrigo Rollemberg. “O que os partidos evangélicos querem é uma vaga majoritária em alguma chapa”, explica o distrital Rodrigo Delmasso (Podemos), que desmente qualquer boato de que ele sairia candidato a majoritário. ˜Sou candidato à reeleição de distrital”, reitera.
Cristãos
Além do Podemos, estão juntos o PRB, o PSC e também o PHS, que não é cristão, mas tem compartilhado das ideias do grupo. A despeito da união dos evangélicos, que, em tempo recorde derrubaram um decreto do Governo do DF, Delmasso garante que isso nada tem a ver com projetos políticos futuros. “Foi pontual”, diz. A comemoração dos cristãos, no entanto, foi entusiasmada, já que não importam com a pressão “externa”, quando estão de boa com o eleitorado. Exatamente o que acontece com a lei que pune a homofobia no DF. Não estão nem aí para o que pensam as minorias. Os eleitores estão satisfeitos. É o que importa.
Três apostas
Nomes fortes para o cargo majoritário – que pode ser governo ou Senado – ainda são o do deputado federal Ronaldo Fonseca (Pros), que deve deixar a sigla em breve; de Robson Rodovalho, que tem título de bispo; e do presidente regional do PRB-DF, Wanderley Tavares. Fonseca pode ser o mais promissor. Mas isso vai depender do número de fiéis que cada igreja conseguirá arregimentar.

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