A situação política no Brasil e no DF não está nada fácil. Aliás a vida do brasileiro de uma forma geral anda pra lá de difícil. Culpados podemos apontar aos montes, solução, porém, poucos conseguem dar. Alguns ditados populares poderiam descrever bem a situação. Não é a toa, quando a coisa fica grave no interior, diz-se que a vaca não está reconhecendo o bezerro.
Há contudo, aqueles que mesmo responsáveis pelo quadro de crise, conseguem ver nela uma ideia, mesmo que falsa, de oportunidade.
No DF então, onde o governo de ocasião não tem rumo, por mais que o slogan tente dizer ao contrário, tem sempre um assessor de plantão pronto pra vender uma proposta cheia de criatividade, como fórmula mágica conduzida por varinha de condão, onde tal qual Harry Porter, ou dizendo as palavras certas, os votos e a simpatia popular, voltariam como ratinhos amestrados do flautista mágico.
Explico, me refiro a mais nova invencionice de algum sem noção, estampada num grande veículo de comunicação escrita, dando conta que a dificuldade por que vivem alguns dos pretensos postulantes ao Buriti, teria o poder de reacender o carvão frio da população em relação ao seu atual ocupante. A famosa tese do W.O.
A falta de adversário seria a pavimentação esburacada que o atual mandatário do DF precisaria para tentar se amarar a cadeira de onde não consegue dar ordens, nem empolgar seu próprio governo. Um governo dividido, cheio de vaidades e acima de tudo sem competência para estancar a crise que ajudou a construir, quando em 2010, pediu, sem pudor, votos para Agnelo Queiroz, que em fim de mandato passou a alcunha de Agnulo, até ser preso recentemente.
O caos que permeia a dura realidade do cidadão comum no DF, na saúde, na educação, na segurança, no transporte, na crise hídrica e no desemprego, são o quadro vivo e retumbante que seus apadrinhados se recusam a enxergar.
Faltou apenas combinar com a população. Afinal nenhum cidadão do DF comunga com a possibilidade de manter quem nada faz, além de olhar para trás, fingir que nenhuma responsabilidade teve, e agora se oferecer como esperança de um futuro que ninguém enxerga fora das paredes palacianas.
A população não merece tamanha mesquinharia. Se estamos em tempos de lava- jato, e de reprimenda pesada pelo cidadão comum sobre aqueles que erraram, e que pouco a pouco a justiça vai se incumbindo de eliminar, ou mesmo retirar-lhe o poder de fogo, raciocinar que isto seria uma redenção ou carta branca para quem, em dois anos e meio de desgoverno gastou quase R$ 60 bilhões, somados os tributos e o fundo constitucional, é tripudiar com a indignação popular.
Enganam-se aqueles que não enxergam, por miopia deliberada ou conveniência oportunista, que o cidadão que ama, mora e trabalha no Distrito Federal já cansado da incapacidade administrativa que salta aos olhos e da inanição política que só lhe retira do bolso e nada lhe devolve em dignidade, possa enxergar-lhe como caminho viável para o futuro, que eles mesmos se incumbiram de trancar a porta.
Seria necessário o extermínio de muita gente para garantir a vitória por WO, ou mesmo uma crise de cegueira universal, para que somente os 8% de aprovação pudessem votar, e claro processo de redução diária, pudessem significar um sopro de sobrevida. No mar revolto de rejeição em que o atual governante de plantão afunda, não há caminho outro senão a resignação.
Não à toa os aliados do passado já se movimentam explícita ou sorrateiramente atrás de novos pastos verdejantes. Afinal, sempre haverá quem se disponha a oferecer o novo, na cidade da Esperança, que esta geração de governantes incompetentes vendeu no virtual programa eleitoral de 2014, com promessas falsas e não cumpridas, mas que a esmagadora maioria da população, face os novos meios de comunicação e pelo drama que vivenciam no dia a dia, têm a convicção, tal qual o povo do DF, de que não vale a pena ver de novo.
2018 é logo ali!
Fonte: Redação