As deportações e a cortina de fumaça do Governo Lula

Aeroporto de Confins, em Minas Gerais, recebeu 31 voos fretados pelo governo norte-americano entre 2023 e 2024

Entre 27 de janeiro de 2023 e 10 de janeiro de 2025, o Aeroporto de Confins, em Minas Gerais, recebeu 3.660 pessoas deportadas dos Estados Unidos, através de 32 voos fretados pelo governo norte-americano. A informação foi divulgada pela BH Airport, empresa responsável pela administração do aeroporto na região metropolitana de Belo Horizonte. No entanto, o que gerou um grande alvoroço na mídia e atraiu a atenção do público foi o último voo de deportados, realizado nesta semana.

O que chama a atenção é o fato de que a preocupação com essas deportações pode ter um componente mais estratégico do que aparenta. O governo de Luiz Inácio Lula da Silva tem o histórico de usar determinados eventos para desviar a atenção de questões mais complexas. Mesmo diante de desafios econômicos, Lula conseguiu criar uma imagem de estabilidade e tranquilidade. Agora, com a repetição dessa estratégia, não é difícil perceber que o voo de deportados pode ser uma narrativa projetada para desviar o foco de problemas mais urgentes no país.

É claro que o Brasil precisa tratar das deportações com seriedade, mas é crucial que não se perca de vista o que realmente importa: o caos na economia. Em tempos de inflação crescente, desemprego e crise fiscal, soluções concretas e eficazes para a economia são muito mais urgentes do que estratégias para desviar o olhar da população. O problema das deportações, por mais significativo que seja, não deve ser usado como uma cortina de fumaça para encobrir questões internas mais graves.

Politicamente, o que se observa é que a comoção causada pelas deportações tem um único objetivo: desviar a atenção dos brasileiros de uma crise mais profunda. Enquanto o país se concentra na questão das deportações, os problemas econômicos continuam a se agravar, muitas vezes sem a devida atenção e ação por parte do governo.

Vale ressaltar que, em 2025, o primeiro voo de deportação dos EUA para o Brasil chegou ao Aeroporto de Confins no dia 10 de janeiro, 10 dias antes da posse de Donald Trump. Em 2024, esse voo havia chegado em 26 de janeiro, e em 2023, foi em 27 de janeiro. A prática comum nos voos de deportação dos EUA é que os passageiros viajem algemados e com os pés acorrentados, uma medida que as autoridades norte-americanas justificam como necessária para evitar riscos à segurança durante o voo.

No entanto, a questão que fica é: onde estavam o presidente Lula e seu ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, quando outros voos de deportação chegaram ao Brasil nos anos anteriores? Será que o governo realmente está atento à profundidade dos problemas internos, ou está apenas criando uma distração para a opinião pública? O foco agora deve ser, mais do que nunca, resolver os problemas econômicos e sociais do Brasil, que vai nada nada bem.

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