A reforma ministerial anunciada pelo presidente Jair Bolsonaro deve ser formalizada ainda nesta semana. O plano de Bolsonaro é retirar Luis Eduardo Ramos do comando da Casa Civil, abrindo espaço para que o senador Ciro Nogueira (PP-PI) assuma a cadeira. Ramos passaria a comandar a Secretaria-Geral da Presidência, hoje ocupada por Onyx Lorenzoni, que será indicado para comandar o novo Ministério do Trabalho e Previdência.
No início do governo Bolsonaro, o antigo Ministério do Trabalho foi extinto e passou a fazer parte do Ministério da Economia. O atual secretário de Previdência e Trabalho da pasta, Bruno Bianco, deve ser oficializado como número dois do novo ministério que será comandado por Lorenzoni.
Bolsonaro e o senador Ciro Nogueira se reuniram na manhã desta terça-feira (27), no Palácio do Planalto, para selar os termos da reforma na composição dos ministérios. Após o encontro, o senador informou que aceitou oficialmente o convite do presidente e será o novo ministro da Casa Civil.
“Acabo de aceitar o honroso convite para assumir a chefia da Casa Civil, feito pelo presidente. Peço a proteção de Deus para cumprir esse desafio da melhor forma que eu puder, com empenho e dedicação em busca do equilíbrio e dos avanços de que nosso país necessita”, disse Nogueira por meio de sua rede social.
A reforma pode refletir positivamente no governo Bolsonaro. Essa mudança do governo faz todo sentido. Se formos olhar, temos cinco deputados que são ministros. E quantos do Senado? Nenhum. Por causa disso, o governo tem uma boa interlocução com a Câmara. Já no Senado, o governo enfrenta dificuldades maiores, como uma CPI em andamento.
Hoje, há um desequilíbrio entre as pautas que foram aprovadas na Câmara dos Deputados, mas foram barradas no Senado. E a indicação de Ciro Nogueira a Casa Civil pode ajudar a equilibrar esse cenário.