O relatório final do “inquérito do golpe”, elaborado pela Polícia Federal, apresenta 884 páginas repletas de expressões condicionantes, o que levanta questionamentos sobre a solidez da narrativa oficial. Termos como “possível” e suas variações aparecem 207 vezes no documento, enquanto “possibilidade” é mencionada em 47 ocasiões. As palavras “teria” ou “teriam”, indicando incerteza sobre determinados eventos, surgem 107 vezes, e “hipótese” ou “hipotética” são utilizadas 25 vezes.
A palavra “golpe” é a mais recorrente no inquérito, sendo citada 372 vezes em referência às tentativas de incriminar o ex-presidente Jair Bolsonaro. Além disso, termos como “suposta”, “suposto” ou “supostamente” foram empregados 25 vezes, e expressões como “que parece que” ou “ao que parece” aparecem em três ocasiões.
Curiosamente, a palavra “ditadura” é mencionada apenas uma vez, referindo-se à “ditadura do Judiciário”. No que diz respeito a nomes próprios, “Bolsonaro” é citado 535 vezes, superando “Lula”, com 190 menções, e “Alexandre de Moraes”, mencionado 189 vezes.
A frequência elevada de termos condicionantes no relatório sugere uma possível falta de convicção ou evidências concretas para sustentar as acusações apresentadas, o que pode enfraquecer a credibilidade do inquérito.