O lado obscuro da UnB

A Universidade de Brasília (UnB), um dos ícones do ensino superior no Brasil e conhecida por seu ambiente democrático e plural, tem se tornado palco de manifestações cada vez mais extremas e, sinceramente, preocupantes. Recentemente, um grupo de estudantes decidiu fazer um protesto que beirou o absurdo: queimaram bandeiras de Israel e dos Estados Unidos enquanto gritavam palavras de ódio contra o “sionismo”. O problema é que muitos, nesse protesto, nem sabem direito o que estão falando. Para a Associação Israelita de Brasília, essa atitude é fruto de uma total falta de compreensão sobre o conceito de sionismo, que na realidade nada mais é do que o movimento de autodeterminação do povo judeu, algo bem longe do que esses manifestantes estavam tentando pregar.

A explicação da Associação é clara: o sionismo está ligado ao direito dos judeus de se autodefinirem e viverem em sua própria terra, algo básico e legítimo. Então, é difícil não pensar que esse tipo de ato é mais um reflexo de um radicalismo vazio, que se alimenta do ódio e da ignorância, ao invés de um protesto legítimo. E é justamente isso que tem ficado cada vez mais visível dentro da UnB.

Uma ameaça ao debate plural e democrático

E não para por aí. Não é só o protesto anti-Israel que tem incomodado dentro do campus. Ativistas de esquerda, com um discurso cada vez mais radical, andam espalhando desenhos de Jair Bolsonaro sendo torturado. Vamos ser claros: isso não é protesto, é incitação à violência. Em vez de promover um debate saudável e construtivo, essa retórica de ódio só enfraquece a própria democracia que deveria ser defendida pela universidade.

Esses gestos, muitas vezes sem fundamento e carregados de intolerância, são uma ameaça direta ao que sempre foi a UnB: um espaço de discussão livre, onde diferentes pontos de vista podem coexistir sem medo de repressão ou violência. Infelizmente, vemos que, ao invés de dialogar, o que esses grupos estão fazendo é radicalizar o debate, criando um ambiente hostil e dividido. E isso é um risco não só para a universidade, mas para a sociedade como um todo.

O perigo da radicalização e a defesa da liberdade de expressão

A liberdade de expressão é a base de qualquer instituição acadêmica que se preze. No entanto, parece que alguns se esqueceram de que a verdadeira liberdade de expressão envolve ouvir, entender e respeitar as ideias dos outros. A UnB, que já foi um símbolo de pluralidade, corre o risco de perder sua essência ao permitir que grupos extremistas tomem a frente da conversa, em vez de incentivar o respeito à diversidade de pensamentos.

Se a UnB não quiser se transformar em um campo de batalhas ideológicas sem fim, precisa, urgentemente, refletir sobre como lidar com essas manifestações radicais. O compromisso da universidade com a liberdade de pensamento deve ser reafirmado, mas também deve ser posto em prática de maneira a combater o radicalismo e qualquer tipo de intolerância que ameace a convivência pacífica.

O que está em jogo não é apenas o ambiente acadêmico, mas a própria ideia de democracia. É fundamental que todos, dentro da universidade, se unam para garantir que a UnB continue sendo um espaço de aprendizado, de reflexão crítica e de debate saudável, longe das distorções e radicalismos que ameaçam tomar conta.

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