Aumento maior no salário mínimo causaria onda de demissões, afirma Guedes

Um dia após divulgar o Projeto de Lei Orçamentária (PLOA) de 2021, o Governo Federal ainda explica pontos polêmicos do texto. Um deles é o reajuste do salário mínimo, que não teve ganho real. O valor chegará a R$ 1.067, R$ 22 a mais em relação à cifra atual. A quantia inicialmente proposta pelo governo era de R$ 1.079.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou, nesta terça-feira (1º/9), que reajuste maior poderia desencadear uma onda de demissões. Por isso, de acordo com ele, o governo optou pelo valor abaixo do planejado.

“Se der um aumento no salário mínimo, no mínimo milhares e talvez milhões de pessoas vão ser demitidas. Você está no meio de uma crise de emprego terrível. Todo mundo desempregado. Se você dá um aumento de salário, vai condenar as pessoas ao desemprego”, justificou em uma audiência pública no Congresso Nacional.

A medida, entretanto, é consequência da crise da pandemia de Covid-19 e também dessa indexação dos benefícios previdenciários ao salário mínimo. “Quando mexe no salário mínimo, tem que empurrar toda a estrutura para cima”, pontuou Guedes.

Por fim, o ministro garantiu que o governo está atento à questão do reajuste do salário mínimo, mas “tem que ter cuidado na hora em que podemos fazer esse tipo de ajuste”.

 

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