O Supremo Tribunal Federal recebeu nesta terça-feira (8), mandado de segurança preventivo do deputado federal eleito Kim Kataguiri (DEM-SP) pedindo votação aberta para escolha do presidente da Câmara.
O parlamentar sustenta que a publicidade dos atos administrativos é garantida pela Constituição. Não há prazo para que o caso seja analisado.
No entanto, o presidente do STF, ministro Dias Toffoli, pode decidir nesta semana o recurso do SD e do MDB contra a decisão que impediu a realização de votação secreta para a eleição da nova Mesa Diretora do Senado, prevista para 1º de fevereiro.
Toffoli está responsável pelas decisões urgentes da Corte no período do recesso dos ministros.
Antes do recesso, o ministro Marco Aurélio aceitou um mandado de segurança protocolado pelo senador Lasier Martins (PSD-RS) e determinou que a votação fosse aberta.
Assim, os votos dos parlamentares nos integrantes da mesa, entre eles o novo presidente da Casa, poderiam ser conhecidos pelos eleitores.
A votação secreta está prevista no Regimento Interno do Senado, no entanto, Marco Aurélio entendeu que a regra é inconstitucional.
“O princípio da publicidade das deliberações do Senado é a regra, correndo as exceções à conta de situações excepcionais, taxativamente especificadas no texto constitucional”, escreveu o ministro.
Ao STF, os partidos alegaram que a liminar do ministro fere o princípio constitucional da separação dos poderes.
“A forma pela qual os senadores elegem a sua Mesa Diretoria – se voto aberto, fechado ou por aclamação –, é um tema de preocupação dos senadores, e apenas dos senadores. Assim como os ministros do STF devem escolher soberanamente a forma de eleição de seus cargos diretores”, sustentam os partidos.
Os olhos estarão abertos e focados no STF para saber os próximos passos.
Com informações da Agência Brasil