A decisão de condenar Débora Rodrigues a 14 anos de prisão por pichar uma estátua com batom é um exemplo claro de uma justiça que se baseia mais no “achismo” do que na razão e na proporcionalidade. A sentença parece responder a um “não gostei do que você fez”, sem considerar os reais impactos do ato. A justiça não pode ser movida por preferências pessoais ou reações emocionais, mas sim por critérios objetivos e equilibrados.
É alarmante que uma manifestação simbólica, sem violência ou dano irreparável, seja tratada com tanto rigor, enquanto crimes realmente prejudiciais à sociedade, como a violência armada, frequentemente recebem penas mais brandas. A aplicação de uma pena tão severa nesse caso demonstra uma distorção da justiça, que parece mais disposta a punir o ato de uma pessoa de maneira exagerada, sem refletir sobre a real gravidade da situação. Esse tipo de julgamento, em que o impulso pessoal prevalece sobre o direito e a lógica, só reforça a sensação de que a justiça está longe de ser justa para todos.