Investigação da PF aponta que ex-presidente do INSS autorizou descontos ilegais a aposentados
As investigações da Polícia Federal sobre o esquema de desvios de R$ 6,3 bilhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) indicam que o ex-presidente do órgão, Alessandro Stefanutto, tinha conhecimento da fraude e autorizou a continuidade dos descontos irregulares. A revelação contradiz a versão oficial do governo federal, que afirma ter agido com rapidez diante do escândalo.
O caso foi tema de uma audiência no Congresso Nacional nesta quarta-feira (28), onde o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, prestou esclarecimentos aos parlamentares. Em tom de desabafo, Lupi afirmou que o governo está tomando medidas firmes diante do problema:
“Estamos agindo. Estamos fazendo. Está doendo na nossa carne. Estamos tendo que exonerar gente que trabalhava com a gente, que convivia com a gente”, declarou o ministro.
A apuração da PF reforça a gravidade do esquema e coloca pressão sobre a gestão do INSS, especialmente em relação à responsabilidade de dirigentes que, segundo os investigadores, permitiram a permanência das práticas irregulares mesmo após alertas internos.