Apesar de ter aberto diálogo com os senadores que propuseram textos alternativos à PEC dos Precatórios, o governo só deve recorrer à emenda construída em conjunto caso não consiga os votos necessários para aprovar o texto que veio da Câmara.
Em uma tentativa de construir entendimento com o governo, os senadores Oriovisto Guimarães (Podemos-PR), Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e José Aníbal (PSDB-SP) construíram uma emenda que unifica PECs alternativas àquela aprovada na Câmara dos Deputados.
A emenda apresentada prevê a abertura de R$90 bi no teto de gastos para garantir o pagamento do Auxílio Brasil de forma permanente e o pagamento de outras pendências do governo decorrentes da pandemia.
Na quarta-feira (17), o ministro da Economia, Paulo Guedes, criticou a proposta. “Há alguns senadores falando em tirar precatórios do teto. Acho que isso é um grande erro. É um passo muito errado, porque vai deixar as ordens judiciais como despesas incontroláveis”, declarou.
Se o Senado aprovar alguma mudança na PEC, o texto volta para a análise da Câmara. Portanto, para o governo, a aprovação pelo Senado do texto da forma que veio da Câmara seria uma garantia de que o texto passará a valer em tempo hábil para que a continuidade do Auxílio Brasil seja viabilizada para 2022.