Próxima da fila

A permanência da ministra Anielle Franco no governo federal está com os dias contados, segundo avaliações internas do Palácio do Planalto. Fontes próximas ao núcleo político do presidente apontam que sua saída é considerada certa na próxima reforma ministerial. A leitura pragmática entre aliados é de que Anielle “já cumpriu seu papel”, especialmente após o avanço das investigações sobre o assassinato de sua irmã, Marielle Franco.

Com a Polícia Federal apontando o deputado Chiquinho Brazão — figura próxima a setores ligados ao próprio PT — como o mandante do crime, o peso simbólico da presença de Anielle no ministério teria perdido força dentro do governo. O caso, que durante anos mobilizou a esquerda e os movimentos sociais, agora gera constrangimentos internos, segundo interlocutores do Planalto.

Outro fator de desgaste seria o episódio de assédio envolvendo o ex-ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, do qual Anielle foi uma das denunciantes. O escândalo, ainda sem desfecho público, continua gerando desconforto dentro do governo e reforça o isolamento político da ministra.

Nos bastidores, a avaliação é que a substituição de Anielle pode ocorrer já nas próximas semanas, como parte de um rearranjo estratégico do governo Lula para conter crises e tentar recompor sua base política.

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