O impasse na reforma ministerial tem nome e sobrenome: Partido Social Democrático (PSD). O partido, comandado por Gilberto Kassab, segue jogando duro e tem dificultado o avanço das negociações para a definição de cargos no primeiro e segundo escalão. A resistência tem travado o plano do presidente Lula de concluir as mudanças até a próxima terça-feira (25).
A estratégia do PSD de se manter cauteloso não é à toa. A sigla busca ampliar sua influência política e adota uma postura pragmática, dialogando tanto com o governo federal quanto com setores da oposição. Esse posicionamento gera impasses e estende o prazo de negociações, deixando a composição do governo em aberto.
Com as eleições se aproximando, a escolha dos novos ministros se torna ainda mais estratégica. Aqueles que assumirem cargos agora devem permanecer no governo apenas até o período de descompatibilização, quando precisarão deixar as funções para disputar as eleições. Enquanto isso, Lula segue na tentativa de encaixar as peças desse quebra-cabeça político, mas o PSD continua jogando com calma para maximizar seus ganhos.