Repetindo a estratégia de 2022

Com as notícias de que o PP não vai embarcar com o PT em 2026 e a expectativa de que outros partidos do centrão sigam pelo mesmo caminho, o presidente Lula parece estar se preparando para a próxima campanha do mesmo jeito que fez em 2022. A ideia é firmar alianças primeiro com a galera mais à esquerda — tanto que há um movimento para que o deputado Guilherme Boulos (PSol-SP) seja nomeado ministro. Outra possibilidade é trazer a deputada Tabata Amaral (PSB-SP) para o Ministério de Ciência e Tecnologia, de olho em fortalecer ainda mais o PSB no governo. Enquanto isso, a estratégia é não mexer muito com os partidos do centrão. A ideia é esperar para ver como as coisas vão se desenrolar até o final de 2025 para depois decidir o que fazer com os outros partidos.

O próximo passo – Com a esquerda já mais alinhada com o PT para 2026, o próximo alvo de Lula será o MDB. Só que, para isso, ele vai precisar desagradar uma parte do PT e oferecer a vice para o partido. O nome que surge mais forte para essa posição é o do governador do Pará, Hélder Barbalho. Ele tem a vantagem de contar com uma boa bancada e tem potencial para montar uma maioria que consiga aprovar a aliança na convenção do MDB. Mas essa movimentação ainda está em fase inicial. No fim das contas, o que Lula, o PT e o MDB sabem é que, para chegar bem em 2026, é preciso fazer o dever de casa já em 2025 — e esse trabalho começa na próxima segunda-feira.

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