Rigidez atropela bom senso

O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal, foi voz vencida na análise do caso da cabeleireira Débora, condenada a 14 anos de prisão em uma decisão considerada desproporcional por muitos juristas e observadores. Fux, conhecido por sua postura firme e por ser um “magistrado-raiz”, mostrou sensibilidade ao votar de forma contrária à pena pesada, destacando a importância do equilíbrio entre a aplicação da lei e a justiça material.

A postura de Fux remete à filosofia do juiz norte-americano Frank Caprio, célebre por seu trabalho humano e sábio nas cortes dos Estados Unidos. Caprio, adorado nas redes sociais, ensinou que um bom juiz precisa decidir não apenas com conhecimento jurídico, mas também com compaixão e empatia. O voto de Fux no caso de Débora reforça essa visão, num momento em que cresce o debate sobre a necessidade de decisões judiciais que considerem a realidade e as circunstâncias de cada réu, especialmente em casos em que a rigidez da pena parece atropelar o bom senso e a proporcionalidade.

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