Em 2019, a grande aposta energética fica por conta da energia solar que promete dar um salto de 44% da capacidade produtiva.
O presidente da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), Rodrigo Sauaia, mostrou alguns dados interessantes em sua entrevista à Reuters.
Os projetos de geração distribuída estão no foco. Em resumo seriam placas solares em telhados ou terrenos que geram energia para atender à demanda de casas ou de estabelecimentos comerciais e indústrias.
Esse novo polo de geração de energia pode produzir um ganho de 628, 5 megawatts (MW) de energia solar no Brasil. Ou seja, um acréscimo de 125%, mantendo um avanço de 21% ao ano.
Com a elevação dos valores das tarifas de energia desde 2015, a Associação prevê um aumento na demanda por GD devido ao baixo no custo dos equipamentos fotovoltaicos. Estima-se que os investimentos podem ser recuperados no intervalo de três a sete anos.
Outra notícia positiva é que em 2017 e 2018, as contratações de usinas de grandes portes foram retomadas, animando o setor, mas os projetos disponibilizados por meio de leilões tem obrigação de começar os trabalhos a partir de 2020 e 2021
A Absolar estima que a expansão da fonte neste ano deverá gerar investimentos totais de R$ 5,2 bilhões, com cerca de R$ 3 bilhões para a geração distribuída.
O representante da Absolar destacou a sua preocupação com o cancelamento dos leilões que aconteceu em 2016 e como gerou frustrações em investimentos.
Sauaia completou com um conselho sobre as expectativas para os próximos anos: “A Absolar recomenda que o novo governo estruture um planejamento previsível, com continuidade de contratação, para que o setor consiga se planejar”.
Por Milena Castro