Volto a repetir: a caneta do governador é quem comanda a composição da Câmara Legislativa. Ponto final. Aliás, até os próprios distritais eleitos e reeleitos preferem assim. Por que? Na estrutura do governo, os espaços precisam ser ocupados por políticos e os parlamentares são políticos. A política se faz com políticos. O Estado é político, portanto tudo que envolve a política precisa ser ocupado por políticos de verdade.
Não existe essa visão romântica de poderes independentes. O funcionamento de um vai de encontro ao outro. O Executivo para conseguir funcionar e aprovar as questões espinhosas precisa de uma CLDF favorável – principalmente na hora das crises. Nenhuma gestão quer passar uma CPI, por exemplo.
Já afirmo para vocês que estão lendo essas linhas que os distritais eleitos pela primeira vez ficaram na rabeira por não entender o jogo. As grandes maiorias vão ficar fora das grandes comissões por terem crescido os olhos e uma parte deles foi usado pelos “tubarões” que conseguiram aumentar a barganha. Nessa garantiram postos-chave à custa dos “otários” novatos deslumbrados.
Os que não são de primeira viagem pecaram também pelo olho grande. Ah! Aqui vai um macete para quem é desse meio e parece que não aprendeu: saibam ler sinais. Caso você, parlamentar, levou aquela porrada de algum site saiba que é um palaciano te dando recado. Porém, pela frente será tapinha nas costas. Anotou?!
Agora é esperar o dia 1 de janeiro de 2023.