Quem espera coerência na política pode cair cavalo, ainda mais na atual legislatura da Câmara Legislativa. A reeleição de Rafael Prudente é fruto de sua articulação política. Ele jogou o jogo e entrou em campo quem quis.
Nesse processo, o surpreendente foram os apoios da deputada Júlia Lucy (Novo), que prega renovação na política e fez o mais do mesmo, e dos oposicionistas Chico Vigilante e Arlete Sampaio. O pretexto da oposição foi que não tinha uma candidatura que representasse uma renovação.
Porém pintou no jogo Reginaldo Veras, que declarou a sua candidatura à presidência da Câmara Legislativa.
Sobre Veras não paira suspeita de nada na política, sua conduta segue sendo ilibada. Por que os três deputados da oposição não votam nele? Não existe uma resposta coerente.
A verdade é que a reeleição de Rafael Prudente custará caro a muitos desses distritais. Não oxigenar a CLDF e deixar as coisas mais do mesmo só deixará a maioria desses novatos entubados pelo Palácio do Buriti e enterrará a reeleição de pelo menos 14 desses parlamentares.
Não tentar mudar a sua própria sorte é a pá de cal na carreira de muitos políticos com mandato. Isso só será enxergado na abertura das urnas em outubro de 2022.
Já Rafael Prudente jogou o jogo, mérito dele. Não é ele que irá chorar em 2022.
