A pobre política legislativa no DF 

No início desse ano comecei um estudo sobre a política legislativa e dos políticos que estão ou passaram pelo legislativo local e nacional, ao final desse estudo cheguei a triste conclusão do título acima: a nossa política está cada vez mais empobrecida. 

Sim, somos um fiasco nacional em articulação, posicionamento e ideias sem relevância nas estruturas partidárias e políticas. 

Uma parcela ínfima da sociedade se lembra de algum deputado federal, senador relevante ou sequer em quem votou na última eleição. Essa é a verdade 

A origem dessa falta de relevância política tem consequências. Estados com o mesmo número de parlamentares conseguem ter destaque nacional. Um exemplo é Alagoas que tem nove deputados federais onde os políticos alçam voos nacionais com praticamente a mesma bancada. 

Artur Lira (PP) é de Alagoas e presidente da Câmara dos Deputados. Alcolumbre do Amapá chegou a presidência do Senado. Sem contar o senador Renan Calheiros, cacique alagoano da política nacional. Tira por aí. 

Estar na política de base atrelado a falta de prefeituras levam os deputados distritais, federais e senadores a não conhecer aspectos técnicos do dia a dia de uma gestão.

O DF só tem o governo, que limita muito a compreensão e reduz os cargos executivos onde, o preparo e capacidades dos parlamentares são sempre postas em xeque-mate. 

O principal problema começa na base de tudo: a Câmara  Legislativa do DF. 

Ao avaliar os gabinetes dos distritais salta aos olhos: a falta de estratégia política, de quadros técnicos e políticos de qualidade.

Em geral, os principais cargos em gabinetes são ocupados por amigos ou cabos eleitorais.   

O pior: as pessoas são sempre as mesmas sem renovações de práticas ou ideias. O empobrecimento da política do DF aumenta a cada legislatura. 

Em qualquer empresa ou parlamento, os que evoluem se cercam de gente técnica de alta qualidade, isso faz a máquina girar em alta rotatividade. 

Na CLDF gente que não tem qualificação nem trabalho para ganhar R$ 1.500  na iniciativa privada – recebem entre R$ 5 e 20 mil, o correto seria trazer gente de qualidade que teria espaço na iniciativa privada e assim oxigenariam a política com trabalho e ideias novas. 

Outro grande problema é a falta de conhecimento sobre política geral, o básico. Por exemplo, quem está no meio político é obrigado a saber o que é direita, esquerda ou centro. 

A dita direita é baseada somente em conservadorismo de valores de família, um absurdo pela falta de profundidade. Política vai muito, além disso. Ninguém notou isso? 

O cara é da política e nunca pegou um livro para entender a política macro, como funciona as ideologias, ou seja, é tudo feito no escuro. 

No fim das contas, a CLDF que é porta de entrada para os demais cargos, deseduca o político que termina o mandato com mentalidade mais tacanha do que entrou. 

Alguns se acham mais sabido e espertos, mas, na verdade, são mais do mesmo. Como dizia o saudoso Ulysses Guimarães: “A esperteza quando é demais vira bicho e engole o dono”

No âmbito federal não basta esperteza, aliás ela até atrapalha vale a sabedoria que é o oposto de ser o “malandrão” 

Estar preparado e cercado de gente boa é o que muda a percepção sobre um político.

Espero que leiam com a razão, não deixe a emoção pautar sua percepção acerca dessas palavras 

*Você assessor competente que muitas vezes é sufocado por incompetentes, saiba que esse texto nada tem a ver contigo. Fique em paz 

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