O Copo Meio Cheio da Saúde Pública
Ontem vivi uma experiência marcante no HRAN – Hospital Regional da Asa Norte. Além de acompanhar de perto o funcionamento do hospital, conversei com o superintendente da Região Norte, doutor Paulo Roberto, e saí de lá com impressões que merecem ser compartilhadas.
Nem tudo são flores… mas há flores, sim
É claro que toda estrutura tem problemas. Inclusive as particulares. Certa vez estive num hospital privado (não direi o nome, para evitar dores de cabeça) e a limpeza deixava a desejar. Diferente do que vi no HRAN — onde a higiene estava impecável, o que é essencial para prevenir infecções e garantir um atendimento seguro.
Uma escola de humanidade
O que mais me impressionou foi ver que o HRAN é uma verdadeira escola. Havia muitos residentes e até médicos voluntários colaborando com o atendimento, aprendendo e servindo com dedicação. Isso fortalece a rede e mostra que a saúde pública também é feita com amor.
O nascimento da Bárbara e a emoção do parto humanizado
Minha filha Bárbara nasceu ali. E não só ela — outras crianças que estavam próximas a nós vieram ao mundo da forma mais humanizada possível. Minha esposa teve um parto normal, com acolhimento e dignidade, e eu pude participar de todo o processo. Foi uma das maiores emoções da minha vida.
Inclusive, minha esposa já recebeu alta. Agora falta só a Bárbara fazer o teste do coração para que as duas possam voltar para casa. Então já aproveito: libera aí, meus amigos! 😄
Nem santo, nem vilão: o hospital que funciona
Há sempre os dois lados: o copo meio cheio e o copo meio vazio. Eu prefiro ver o copo meio cheio. Não fui tratado de forma especial — não sou famoso, o portal Rádio Corredor fala para uma bolha política. Fora disso, sou apenas mais um. E isso me permite olhar tudo com o olhar de jornalista, treinado para observar, sentir e registrar.
Demonizar a saúde pública virou moda?
Infelizmente, vivemos tempos em que tudo vira palco de politização. A saúde pública muitas vezes é tratada como se só houvesse caos. Mas lá na ponta, onde a vida acontece, há servidores comprometidos, há humanidade, há esforço real.
É claro que existem profissionais desmotivados — como em qualquer lugar. Mas no HRAN, os que querem fazer a diferença são maioria.
Moral da história
O HRAN é uma referência nacional e internacional. É um espaço de ensino, acolhimento e superação. Tem muito a melhorar? Sim. Mas também tem muito a ser valorizado.
E se me perguntarem, entre o copo meio cheio e o copo meio vazio, sigo firme com minha escolha: prefiro ver o copo meio cheio — ainda mais quando ele traz uma nova vida como a da minha pequena Bárbara.
“O Superintendente da Região Central é responsável pelo Plano Piloto, Lago Norte, Lago Sul e Cruzeiro — que é onde está localizado o HRAN. Já a Região Norte engloba Sobradinho e Planaltina.”