Com Informações do DF Record
Brasília vive uma eleição que promete tudo — inclusive o que ninguém imaginou. E o episódio mais recente da disputa pelo Palácio do Buriti conseguiu chocar até os analistas mais calejados da política local.
O lançamento da pré-candidatura de Paula Belmonte (PSDB), que deveria ser uma festa tucana para marcar a nova fase da deputada, virou palco para um enredo digno de dramaturgia política: José Roberto Arruda apareceu, subiu ao palco, falou no microfone — e tentou vender ali mesmo uma aliança que não existia.
O evento era dela — mas quem brilhou (ou tentou) foi ele
Sob aplausos, flashes e um auditório cheio de caciques do PSDB, Paula Belmonte anunciava sua filiação ao partido. O clima era de vitória, reposicionamento e construção de um novo jogo no DF.
Até que Arruda entrou.
Não estava na programação. Não estava previsto. Não estava alinhado.
Mas ele entrou.
E, não satisfeito com a mera presença, Arruda pegou o microfone, discursou como se fosse estrela convidada e ainda insinuou uma aliança política com Paula — que no ato seguinte, com toda elegância possível para alguém claramente desconfortável, desmentiu tudo.
Desconforto explícito nas imagens e constrangimento geral
As fotos e vídeos foram implacáveis:
Paula Belmonte ao lado de Arruda, tensa, visivelmente desconfortável, enquanto ele defendia sua narrativa de “união” e “frente ampla”.
Não combinou.
Não foi avisado.
Não era para ser dessa forma.
Segundo a deputada, ele simplesmente invadiu o evento e tomou o protagonismo de um momento que não era dele.
Arruda diz que foi convidado — e apresenta print
À nossa reportagem, Arruda mostrou um print alegando ter sido convidado para a cerimônia.
Paula negou: “Esse convite nunca existiu.”
A controvérsia incendiou os bastidores.
Enquanto a equipe da deputada tentava recuperar o controle da narrativa, aliados tucanos respiravam fundo para não transformar uma festa de filiação em crise diplomática.
E ainda tem mais: Paula “convidada” para o evento do PSD
Mesmo após protagonizar o momento mais constrangedor do calendário político recente, Arruda fez questão de sublinhar:
“Paula também está convidada para o meu evento de filiação ao PSD, no dia 15.”
Um convite que, depois do episódio de ontem, deve ter virado motivo de debate interno — ou de rejeição automática.
Para completar o turbilhão, o presidente do PSD-DF, Paulo Octávio, afirmou que a filiação de Arruda foi “coisa da direção nacional”, sem a plena participação das lideranças locais.
Climão atrás de climão.
O tucanato nacional ficou em alerta
O que era para ser a entrada elegante de Paula Belmonte no PSDB virou:
- crise de imagem;
- disputa de narrativa com Arruda;
- preocupação no comando nacional tucano;
- e uma espécie de “alerta vermelho” nos bastidores.
A avaliação generalizada é:
Arruda tentou se aproveitar da vitrine do PSDB para se fortalecer.
E, de quebra, deixou Paula e o partido numa saia justíssima — bem ao estilo das grandes novelas políticas do DF.
Moral da história
Se essa é apenas a largada da corrida pelo Buriti, o Distrito Federal que se prepare.
Porque limites, ao que tudo indica, não farão parte da campanha de 2026.
A matéria foi baseado no vídeo do canal R7 que fez toda a análise e está logo abaixo