As Mitadas do Dedé Estão mais que Quentes

 

*Por Dedé Roriz – Jornal Capital Federal

1 – Capelli e a resistência do DF à candidatura forasteira

A pré-campanha de Ricardo Capelli ao Palácio do Buriti escancarou um velho dilema da política brasiliense: o desconforto com candidatos “importados”. Mesmo com um currículo robusto e trânsito nacional, Capelli enfrenta forte rejeição local. Sua trajetória política fora do DF é o principal entrave para se consolidar como uma alternativa real. A população e as lideranças querem alguém “daqui”, com história e raiz.

2 – CPI dos Blogs: liberdade de imprensa ou jogo de poder?

Outro fator que acendeu o alerta é a CPI dos Blogs, iniciativa vista por muitos como um ataque à liberdade de imprensa. A tentativa de “amordaçar” veículos críticos e blogs independentes é encarada como um retrocesso perigoso. No cenário em que Capelli busca espaço, a guerra com a mídia local só amplia sua dificuldade de aceitação.

3. A ascensão do centrão e o papel da federação União Brasil–PP

Enquanto a esquerda se esbarra em suas próprias dificuldades, o centrão avança sem freios. A federação União Brasil–PP se fortalece como protagonista na disputa majoritária e proporcional. Nomes como Celina Leão, Daniel Castro, Eduardo Pedrosa e Pepa são apostas para uma bancada robusta. A meta: cinco distritais e dois federais. Essa projeção não é gratuita – há estrutura, nominatas fortes e estratégia.

4. Celina Leão: o nome da vez para a sucessão de Ibaneis

Com apoio crescente no centro-direita, Celina se consolida como sucessora natural de Ibaneis Rocha. A construção de sua candidatura é vista como orgânica, diferente das tentativas artificiais de outros players. Celina tem espaço, articulação e uma base política fiel. Nos bastidores, sua ascensão é dada como certa, a não ser que um fato novo mude o jogo.

5. O fator José Roberto Arruda e as movimentações no tabuleiro

Nos bastidores, comenta-se também a possível volta de José Roberto Arruda. Caso consiga reverter seus direitos políticos, seu nome voltaria ao páreo. Porém, essa equação envolve muitas variáveis jurídicas e políticas, deixando seu futuro ainda indefinido.

6. A saúde do povo e a impopularidade da classe política

Pesquisas internas recentes mostram que a saúde pública é o maior gargalo para a população do DF.

E essa insatisfação respinga diretamente na imagem dos políticos. Capelli, Celina, oposição e governo – todos serão cobrados por resultados concretos e não por discursos. Brasília quer gestão, não narrativas.

 

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